O que eu não quero...



Voltando ao assunto pertinente do momento: Ano novo. Peço licença, mais uma vez, para fazer a seguinte indagação: O que você quer no ano novo? Todos nós fazemos os mesmos planos do ano passado e corremos atrás muito pouco ou nada do que pretendíamos.

Mas essa indagação fez-me refletir sobre outra: O que eu não quero em 2010. É isso mesmo! Ao invés de fazer a minha famosa listinha de tudo o que quero (e mais um pouco), farei uma lista do que eu não quero. Parece loucura, mas seria algo que todos nós deveríamos pensar.

A primeira coisa de que não quero para 2010 é que venham apertar a minha mão com um sorriso no rosto e, por trás, mal dizer a minha pessoa e os que me rodeiam. Não quero mais aqueles parasitas no Congresso. Não quero mais enchentes, deslizamentos e crianças chorando. Não quero mais assaltos, violência, gente morrendo por reagir a um assalto. Não quero mais Copa do Mundo em ano de eleição para Presidente (já pararam para pensar que as eleições para presidente são sempre em ano de Copa do Mundo?). Não quero mais “Obamas” ganhando prêmio Nobel da Paz sem ao menos ter feito algo para merecer. Não quero mais hipocrisia, jovens regredindo e fingindo que nada está acontecendo.

Não quero mais viver nessa crise que o meu país está (e sempre esteve). Não quero mais comemorar um salário mínimo de R$500,00 e engolir um salário de Deputado Federal de R$12.700,00 (fora as “gorjetas”) e ver que, de lá, eles só mandam as bombas.

Não quero mais ver gente humilde chorando na televisão e isso ser recorrente em todos os anos. Não quero mais mensalão, corrupção, roubalheira e "panetones". Não quero mais aquecimento global e reuniões sem nada a acrescentar (como disse Bruno Mazzeo, humorista, a primeira coisa que o Lula fez ao chegar a Kopenhagen foi pedir uma “Nhá Benta”- sim essa reunião lá em Kopenhagen só serviu para piadas como esta acontecerem). Eu não quero falso moralismo e nenhuma vergonha na cara, etc... etc... etc...

Paro por aqui por que acabei de descobrir que a minha lista de “Não quero” é bem maior do que eu pensava e tanto eu quanto vocês dormiríamos aqui de tanto ler...

Acordando e voltando para o Planeta Terra e encarando a dura realidade, desejo a vocês um Ano Novo menos indiferente, mais coerente, mais real, mais consciente. Muitas alegrias, muitos amigos novos (e antigos), muita Paz (mas lembrem-se: quem quer paz tem que plantá-la, não adianta sair falando “quero paz” e xingar no trânsito ou xingar quem pisou no seu calo pelas ruas da vida), muito Amor (amor de verdade, não os descartáveis) e, claro, muita força e paciência para agüentar e entender as adversidades da vida e os problemas do cotidiano (que não sumirão no dia 31).

Obrigada a todos que separaram um tempo para ler o meu blog e ainda se dispuseram a comentar e mandar emails. Muito obrigada!

Nos veremos por aqui em 2010. Espero ter muitas coisas boas para contar e para ler de vocês.

Com Carinho

Juliana

A inveja mata...



Sim, essa frase antiga e famosa é tão atual quanto na época em que foi citada ou criada, sei lá. Sei que essa frase é antiga até porque desde que me entendo por gente eu a ouço e acredito que o autor ou autora deve ter tido um bom motivo para criá-la.

A inveja mata. Mata quem a sente e quem é perseguido por ela. Claro que ela não mata instantaneamente, mata aos poucos. O invejado é o alvo intenso do olhar assíduo do invejoso. Este, por sua vez, coloca defeitos em todos os atos da sua vítima, porém o copia diariamente. O invejoso é o rascunho do invejado. O invejado cria, faz por onde e o invejoso rascunha e faz uma cópia barata. Tão barata que o próprio vai se atormentando por não ser igual a quem tanto critica.

É triste, quase melancólico, perceber que por mais que você seja admirado pela maioria das pessoas, vem sempre um recalcado para acabar com a sua festa. E, muitas vezes, consegue. Consegue porque, infelizmente, o que conta no mundo de hoje é “a falação da vida alheia”. Ninguém procura saber se é verdade ou não. Quer saber se tem a grande fofoca, a grande cartada. Então, o recalcado, ou melhor dizendo, o invejoso, cria suas mais espetaculosas mentiras a respeito do seu alvo. E vai fundo. Tão fundo que em pouco tempo, denigre a imagem da pessoa de quem tanto queria ser igual.

E o pobre coitado do invejado tem dupla jornada pela frente: Concertar o que foi destruído por seus ardorosos “fãs” e ainda limpar toda a sua obra original de fábrica em nome da verdade e da vida.

Para finalizar minhas divagações sobre a inveja, compartilho uma frase que eu li em uma reportagem sobre o tema:

“[...]Segundo os especialistas, as pessoas invejosas sentem mais prazer com a desgraça alheia.” (Ed. Abril)

Preciso dizer mais?

ANJO



Te ver dormindo é como ir ao paraíso e voltar várias vezes seguidas e nunca enjoar (mas como enjoar do paraíso?). Te olhar respirando profundamente coberta e cansada após um dia inteiro de felicidade e broncas (tudo o que posso e quero te proporcionar diariamente) é a prova de que o amor e Deus existem.

Seu sono tranqüilo me torna feliz, deixa-me em paz. Te ver dormindo sob meus olhos maternos me faz refletir que a felicidade (real e plena) está tão próxima e tão palpável.

A vontade que tenho é proteger-te. De todo o mal. De toda a fúria. De toda a decepção. De toda tristeza. Colocar-te em uma redoma de vidro. Para que assim, protegida fiques e em paz eu possa ver-te como um anjo a iluminar minha vida eternamente.

Eu sei. Eu sei meu anjo eterno de que você um dia criará asas e voará. Irá ter sua opinião e suas vontades. Seus amigos e sua realidade. Não serei mais o centro da sua atenção. Serei uma mera espectadora da sua vida adolescente. Da sua vida juvenil. Da sua vida adulta.

E em cada fase que passarás estarei aqui. Pronta a te esperar, a te enxugar as lágrimas (de tristeza ou de alegria), a ficar ao teu lado, mesmo que calada, segurando sua mão, se isso lhe confortar.

A minha promessa procurarei cumprir: A de que seremos amigas para sempre. Amigas em todas as horas. Amigas nas horas certas e incertas.

Você é o meu anjo da guarda. Eterno. Iluminado. Realizado. Esperado por toda a minha vida.

Se eu pudesse te daria o mundo. Mas sei que o melhor que posso fazer é dar-te o mundo que há em mim, em doses diárias, até o infinito...

Com amor

Mamãe.

Natal



Esse ano eu senti realmente o que é comemorar um natal em família. Isso não significa que não havia sentido antes, mas este ano foi especial.

Ter pessoas importantes e queridas nesta noite é raro hoje em dia. A vida nos afasta, o tempo passa tão rápido que não sobra tempo de dizer um “bom dia” ou um “eu te amo”. E algumas datas como o natal, aniversários, páscoa , etc... são dias que temos o dever de PARAR para dizer que “amamos”, caso contrário, quando o faremos?

Estou feliz!

Passei ao lado de pessoas especiais, animadas, amorosas e do BEM. E tem coisa melhor do que estar ao lado de pessoas do bem? Troca de presentes, crianças felizes, abraços, beijos, fotos e AMOR. Algo que vem de dentro...

E o que é permitido vir de dentro, mesmo que seja um sorriso, vale mais do que qualquer luxo material.

A todos que me ajudam, que me animam, que me amam de verdade, que me iluminam e que lutam por mim e pela minha felicidade: Obrigada, amo vocês!

Com Amor

Juliana

Velho



Em meio às loucuras de fim de ano, eis me aqui no consultório do Cardiologista. Em meio à “galera” da terceira idade.

Confesso que não é nada confortante. Nada contra os velhinhos, mas é triste quando você percebe que a maioria deles está sozinha (não abandonados). Abandonados estariam se não tivessem dinheiro para pagar um consultório particular ou estivessem em um asilo (o que não é o caso).

Pois bem, olho em volta e percebo olhos tristes, de quem já viveu bastante para contar muitas histórias (espero chegar até lá também) e em decorrência disto vos escrevo este “post” no calor da emoção na minha agenda (minha letra já foi melhor).

Um deles cismou com a minha filha (que me acompanha) e ela, que adora jogar conversa fora, se abre em gargalhadas e eles conversam como se tivessem a mesma idade.

Essas imagens ao meu redor me fazem pensar de que não quero ser uma velha sozinha. Não quero ser uma velha carente, doente ou amargurada.

Sei dos laços que ando fazendo ao decorrer da minha vida e espero, sinceramente, que, ao menos, dez por cento destes atendam ao telefone quando eu ligar.

Já ouvi dizer por aí que atrás de todo velho sozinho tem um “jovem FDP” do passado, ou seja, se está sozinho hoje é porque no decorrer da vida só fez o mal para os que o cercava. Mas é óbvio de que toda regra há exceção e nessa regra tem muita.

Nem todo velho ou jovem, que seja, é merecedor da sua solidão.

Todos nós seres humanos merecemos ter uma vida boa (ótima, se possível). Cheia de energias positivas, gente boa em volta e alguém, claro, para nos acompanhar ao cardiologista quando for preciso...

Uma bandinha, xixi e a decadência de uma geração...


A pessoa da foto acima, com toda certeza, não deve entender o que a estampa da blusa significa (decadência jovem?).




Esses dias navegando pela internet, me deparo com um vídeo de uma banda chamada Strike onde um dos integrantes faz uma aposta com os outros do grupo de que iria urinar no copo e dar para uma fã da banda beber. Isso mesmo! Essa cena grotesca foi ao ar, e pasmem, por uma emissora respeitada como o Multishow (o programa chama-se Rock estrada).


Se quiserem cliquem no link abaixo do vídeo e tirem suas próprias conclusões.


A minha conclusão já foi tomada. E a minha humilde opinião será exposta aqui. Se isso vai ajudar algo ou alguém, não sei. Mas é inadmissível que alguém em sã consciência irá achar isto normal. Não, não é normal que alguém que está na mídia e está sendo a voz do seu séquito ache natural e engraçado fazer xixi e misturar com bebida para uma fã (sim, uma fã que compra seus Cds e ouve suas “musiquinhas” de quinta e acha lindo) beber.

É a degradação de uma geração que acha que sabe o que faz. Uma geração que não sabe mais o que é certo e o que é errado. A fã (ou trouxa) mostrou para o Brasil inteiro que não tem amor próprio e não tem nada na cabeça. Afinal, o que se espera de alguém que vai ao show de uma “Banda” dessas e ainda ache a música legal?

Se era urina ou se não era, não é a questão. A questão é: O que o Multishow e o que o Strike vão dizer agora? Provavelmente nada, até porque foi uma “brincadeira”, apenas.

Agora gostaria muito de saber se ele daria essa “bebidinha” gostosa para a mãe dele ou para a irmã (se ele tiver) ou então para a mulher ou namorada?

Esse vídeo só me fez entender de que os fãs do Strike merecem beber urina. Pelo menos foi o que o talzinho demonstrou. Ele está pouco se lixando se isso vai dar em algo, até porque eu andei pesquisando sobre o tipo de fãs que eles possuem e, sinceramente, achar isso tudo um barato é o que andei ouvindo por aí.

Que geração!!!!! Tenho medo do meu país no futuro. Tenho medo em que mundo minha filha irá viver. Graças a Deus eu não nasci nessa geração. Tenho orgulho de ser “velha” por não admirar essas coisas.

Sou da geração de Cazuza, Renato Russo, Barão Vermelho, Titãs, Capital Inicial (só para citar as bandas brasileiras)

Acordem!!! Enquanto é tempo. Ser considerada a geração da “urina” não vai ser legal. Ou vocês vão ter orgulho de falar para os filhos de vocês de que Pô cara, Strike foi uma das melhores bandas dos últimos tempos... a gente bebia até a urina deles de tão ‘bão’ que era boladãooo”.

Mais uma vez: ACORDEM!

O meu lugar




Meu lugar ao sol eu quero conquistar. Diariamente seguindo sempre em frente. Acordar e agradecer por cada dia de chuva ou de sol.

E antes que me perguntem se o meu sol ainda não chegou. Chegou sim. Já tenho meu lugar. Porém quanto mais puder me aquecer de seus raios o farei. A minha vida é boa. É feliz. É cheia do eterno querer. E desassossegadamente quero mais. E esse mais não pode ser confundido como ambição. Deve ser associado com o amor à vida que tenho.

E nesses anos. Nesses tantos anos de vida que tenho, olho para trás e vejo o quanto errei e acertei. Cada erro: demonstra o quanto sou humana. Cada acerto: o quanto sou humana e feliz.

E infinitamente estarei aqui à minha eterna arte de recriar o meu viver. No espaço conquistado com o suor do meu rosto e com a ajuda dos que me amam.

Vida amarga?



Por que somos tão amargos? Por que sempre, na grande maioria das vezes, estragamos tudo? Queremos sempre ser melhores. Queremos sempre ser piores (quando nos convém). Agimos sem pensar. E quando nos damos conta, a nossa vida que era doce se amargou.

Amargou-se pelo nosso próprio veneno, pelas nossas próprias burrices. E por conta disso jogamos nossas desilusões em cima dos que estão próximos. Chega, né? Vamos acordar?

Cada um tem a vida que merece. Cada um tem o gosto que quer. Se um dia já foi doce e agora se vira para o amargo como um veneninho diário que vai nos matando aos poucos... O que fazer? A culpa é de quem? (Leia-se de passagem que, quando falo que “cada um tem a vida que merece” é uma frase para aquelas pessoas que tiveram todas as oportunidades na vida e ainda resolveram não progredir, resolveram estacionar e depois ficam reclamando da sua sorte).

Acredito que todos nós temos uma segunda chance, até uma décima chance se deixar. Então por que se encurralar nas suas amarguras? Por que não procurar o doce da vida? Ir atrás mesmo, “pagar mico”, brigar pelos objetivos, correr atrás do que se quer.

Ninguém vai fazer isso por você. Ninguém. Seus pais podem ter o dinheiro que for, mas o sucesso da sua vida só depende de você. Claro que vai ter sempre aquele “espírito de porco” que vai dizer: “não preciso trabalhar, meu pai tem dinheiro.” Tudo bem, quando sua vida estiver vazia e você cheio de recalque: Não reclama. Combinado?

Por que estou dizendo isso? Porque estou cruzando com pessoas que preferem reclamar da vida que “construíram” ao invés de reconhecerem seus erros e assim, mudar enquanto é tempo. Tempo, sempre temos. Todo mundo sabe que um dia vai morrer. Só não sabemos quando. Portanto, enquanto é tempo, construa sua vida. Pelos seus filhos, se os tiver ou pelos filhos que ainda pretendem ter.

Vamos mudar?



Estamos em contagem regressiva para o novo ano. Fazemos planos, olhamos para trás e vemos o que deu certo e o que não deu. Esse ano foi pesado demais, não? Não falo de uma visão individual, mas por um lado coletivo. No Brasil e no mundo coisas não tão boas aconteceram. Guerras, assassinatos, fúria da natureza, a miséria sempre aparecendo na televisão -e na minha cidade- mensalão, enchentes e crianças no meio disso tudo.

Ainda bem que o ano foi devidamente criado com 12 meses. Que bom. Acredito que não agüentaria nem mais um mês desse ano. É claro que em janeiro continuam os mesmos problemas, mas é o primeiro mês do ano que vem e essa virada do dia 31 parece que descarrega todo o peso das costas de um ano pesado demais e nos dá mais forças para continuar.

Continuar é preciso galera. Assim como viver também o é. Não adianta ficar reclamando de que tudo está uma canseira só. Precisamos encontrar ânimo e força entre todas essas loucuras da humanidade – do qual fazemos parte – e olhar para frente, traçar a meta, reta, seta e seguir. Se tiver que fazer uma curva: faça! Porém saiba para onde ir. Evite ficar divagando pela vida como um barco à deriva sem rumo e sem propósito.

Acredito que um dos maiores males da humanidade do século 21 é a indiferença. Indiferença na escola, na rua, em casa, com a própria vida. Conseguimos ser indiferentes com os nossos próprios sonhos. Com o nosso trabalho, com os filhos, família. Ninguém se choca com nada. Se fulano morreu, matou, está com fome, está desviando dinheiro, se a água é um elemento natural que não é renovável (e daí? Pensam os indiferentes, eu nem estarei mais vivo quando isso acontecer). E o aquecimento global? O lixo na rua? E a evasão escolar? E os jovens que, na sua grande maioria, não pensam que daqui, mais ou menos, uns dez anos eles precisarão de um emprego, estarão casados – ou não. Por que eles não enxergam que HOJE é o dia para mudar o futuro deles?

Esse texto começou com uma reflexão sobre fim de ano e terminou cheio de perguntas. Mas fica a dica de uma pessoa que não consegue ser indiferente a tudo que vê por aí.

Vamos mudar? Começando pela gente, depois pelos mais próximos e por aí vai. Tipo um efeito dominó. Sonhadora sim. Louca sempre. Acredito muito que um dia, quem sabe no final do ano que vem, eu esteja festejando algum avanço do homem – não somente tecnológico – por esse mundo afora.

FELIZ NATAL E UM ANO NOVO MENOS INDIFERENTE

Com carinho, amor e esperança

Ju

A política da boa vizinhança



É sempre assim, fazemos a política da boa vizinhança ao longo da nossa vida e, conseqüentemente, nos escondemos atrás dos nossos "achismos" cotidianos.

A vida é mais que um sorriso diário quando, na verdade, choramos por dentro. Sempre, na grande maioria das vezes, percebo quando alguém está tentando ser o que não é ou está tentando demonstrar o que, de fato, não está sentindo. E para esses episódios eu sempre coloco o nome de “política da boa vizinhança” que claro, em alguns casos, é muito válida sim.

Exemplificando, se você está sofrendo por algo, se alguém te magoou, se está sofrendo por amor: Sorria sim. Faça sua política da boa vizinhança porque o que irá marcar nos outros que te feriram ou aos que te amam é o seu sorriso. O sorriso inesperado para alguns e muito esperado para outros.

Mas o que me incomoda de verdade são as pessoas que tentam ser o que não são. Fingir que admiram alguém, fingir que amam alguém, fingir amizade, choro, ódio, indiferença, quando na verdade o sentimento é o contrário. Quando percebemos não sabemos mais quem é quem. Quem fala a verdade, quem é seu amigo ou até, inimigo. Isso me incomoda. Muito.

Achar que alguém é aquilo que você vê é angustiante. Queremos ter certeza. Queremos transparência. Sinceridade. Chega da política da boa vizinhança em querer agradar a todos e não emitir opiniões válidas de fato. Você quer ser lembrado pela sua personalidade ou pela sua falsa bondade?

Vamos sorrir de verdade. Vamos chorar de verdade. Vamos ser amigos de verdade. Vamos ser mulheres de verdade. Homens de verdade. Filhos de verdade. Amigos de verdade. Profissionais de verdade. Gente de verdade.

E para vocês, amigos (tenho bastante) ou inimigos (se é que eu tenho) deixo meu sorriso de felicidade. E de verdade.

Viva e deixe viver...


Viva e deixe viver é uma frase que gosto muito e está incluída na música do Paul McCartney “Live and let die”(viva e deixe morrer)- Na música ele diz que quando as coisas estão difíceis a gente tem que dizer : viva e deixe morrer. Porque quando éramos jovens nós costumávamos dizer: viva e deixe viver e não adiantava muito (algo assim) - É claro que eu adaptei ao meu ponto de vista e concordo com a segunda opção: Viva e deixe viver.

Viver e deixar viver, ao meu ver, são prioridades para quem deseja viver bem. E viver bem é o que todos nós queremos. É inadmissível que alguém em sã consciência ache que viver bem signifique viver a sua vida e ainda viver a vida de terceiros. A própria frase já diz : viva a sua vida e deixe o restante viver a dela.

Deixa fulano pintar o cabelo de verde, deixa fulana trabalhar no que ela quer, casar com quem quiser, namorar quem quiser, etc. Todos nós fizemos as nossas escolhas (até as erradas) então, vamos combinar que cada um tem o direito de acertar e errar pelas suas próprias idéias. É claro que você não vai deixar fulano se matar, virar bandido e tal (se puder evitar, evite) (se é que é possível), mas as escolhas de vida quem faz é cada um. Cada um sabe onde o “calo aperta”.

Isso se chama tolerância. Tolerar o diferente, tolerar o que você ache fora do seu padrão. Já parou para pensar que o seu jeito, sua roupa, suas idéias também podem ser consideradas diferentes para outros? Ou só você é o certo e o resto é que tem que se adequar aos seus padrões?

Tolerar não é aceitar, engolir, se adequar ao que te incomoda. Tolerar é simplesmente entender(digo entender, não aceitar). Entender que ninguém tem que ser igual a você. Ninguém tem que viver de acordo com as suas regras.

Portanto Viva e deixe viver quem estiver ao seu redor. Concentre-se na sua vida. Nos seus planos. Nas suas metas. Deixe de ser a sombra de alguém. Com certeza, tirando o peso da vida dos outros das suas costas, você conseguirá não somente respirar por esse mundo afora mas, também, passar a existir de fato.

Ser professor é...



Ser Professor nesse país é receber promessas eleitorais a cada dois anos. Ser professor nesse país é ralar igual a um militante terrorista para no final levar bomba. Ser professor nesse país é vergonhoso, pois não se tem nenhum merecimento ou reconhecimento, seja pelas autoridades ou pela grande maioria dos alunos. Nós somos o começo, a ponte e a continuidade para quem começou a estudar e não sabia nem ler os quadrinhos de HQ ou as receitas da lata de "leite Moça". Somos e sempre seremos.

Mas do que adianta sermos a ponte para uma vida de qualidade (com leituras e estudos) se não podemos viver dignamente e com menos carga de trabalho?(para quem não sabe: para um professor viver razoavelmente bem, ele precisa dar aulas em vários colégios nos três horários - manhã,tarde, e noite - e acumular cansaço e estresse).

Sim, merecemos mais atenção. Mas isso não é de prioridade dos governantes, porque uma nação burra rende mais votos e reeleições absurdas a cada dois anos. O Brasil, "um país de tolos", vai se emburricando (culturalmente) e vai indo para o acaso e a sorte.

Todas as profissões merecem atenção? Sim. Todas. Mas sem a educação, não existiriam profissões como as de médico, advogado, juiz, entre outros (essa ladainha é velha, acho que nem faz mais efeito). Precisam da gente, mas zombam com esse salário vergonhoso. Com essas condições de trabalho vergonhosas, com o desvio das merendas escolares e com tantas outras situações que, se contarmos, ninguém acredita.

Acredito sim que pela educação mudaríamos radicalmente e muito nosso cotidiano. Mas quem nos escutaria?

O motivo da minha revolta e do meu mau humor? O novo concurso para o Estado. R$732,69 (sem vale transporte), e títulos como: especialização, mestrado e doutorado contam pontos e fazem a diferença para classificação.

Quem já tem o título de mestrado e doutorado, sabe o quanto é difícil passar e terminar, e pesquisar, e ler, estudar e etc. etc. Os mestres e doutores sabem o quanto é difícil e sabem o quanto é revoltante oferecerem um salário desses, sem vale transporte, para alguém que estudou tanto quanto um Juíz ou um médico.

Mas não importa ser Doutor em História, ou em Geografia ou em Educação física. Estes vão ser apenas chamados de professores e “malas sem alças” para aqueles que querem nos ver pelas costas ou para aqueles que não querem estudar e optam por dançar o “créu”. Mal sabem eles que o “créu”, de verdade, vem mais tarde ao perceberem que a única saída -para o seu sofrimento=sem emprego- é estudar e agüentar, nós professores, malas sem alças.

Não gosto da palavra NUNCA.





Em certos casos, não gosto da palavra Nunca.

Nunca mais amar, nunca mais festejar, nunca mais ir naquele lugar, nunca mais estudar, nunca mais trabalhar, nunca mais olhar para tua cara. Nunca mais comer, nunca mais sofrer, nunca mais ter filhos, nunca mais escrever, nunca mais comprar supérfluos. Nunca mais me entregar, nunca mais fazer amigos e se decepcionar, nunca mais comer frituras, nunca mais fazer dieta. Nunca mais pintar o cabelo, nunca mais gastar demais, nunca mais brigar, nunca mais pegar chuva, nunca mais ser trouxa, nunca mais ser boba. Nunca mais ser criança, nunca mais ser responsável, nunca mais ser direita, nunca mais ser imperfeita, nunca mais dormir tarde, nunca mais acordar tarde, nunca mais ouvir aquela música, nunca mais torcer para aquele time. Nunca mais tentar ser feliz, nunca mais acreditar em você. Nunca mais tentar dirigir, nunca mais ficar horas ao telefone. Nunca mais dar créditos,nunca mais comer doces, nunca mais acreditar nas pessoas, nunca mais voltar atrás. Nunca mais acreditar em Deus. Nunca mais viver.

Nunca, nunca, nunca...

Se cumpríssemos todas estas “promessas”: Como estaria nossa vida hoje? Teríamos histórias para contar?

Pense nisso.

A realidade dói



Se tem algo que me incomoda, e muito, é ver criança chorando. Ainda mais por motivos que, sinceramente, não sei como ainda acontecem nos dias de hoje. Os jornais, inevitavelmente, mostram-me todos os dias que, além do sofrimento de algumas, agora é moda criança morrer. Seja em acidente, briga em trânsito, tiroteio, doença, fome (esse item é velho de guerra), etc. Coisa que em “um Brasil de todos” não era para acontecer, jamais.

O Brasil não é de todos, é sim, de uma pequena minoria, privilegiada pelas suas próprias leis, fazem desse país a “casa da mãe Joana” (na verdade acho que a casa da mãe Joana está mais arrumadinha).

Como de costume, acordo e ligo, quase que como um ritual, a televisão e assisto ao jornal. E hoje,uma imagem me entristeceu: a de um menino chorando por ter perdido seus pais em um deslizamento de terra devido a chuva de ontem em São Paulo. É claro, que já deveria estar acostumada, anestesiada, mas, como já disse no início desse texto: Não agüento ver criança chorando. Me incomoda, ainda mais, por um motivo tão doloroso desses. E isso acontece sempre. Infelizmente.

Além de me incomodar e entristecer, as minhas primeiras reações, a revolta vem em seguida. Lembro que há um lugar bem “paradisíaco”, idealizado pelo nosso tão festejado presidente Juscelino Kubitschek, chamado Brasília. Onde a imunidade parlamentar ainda existe, o mensalão está de vento em pompa (não somente ali, claro), onde os próprios votam no seu salário e regalias. Juscelino deve ter previsto no que se tornaria esse tal lugar, tanto que fez bem longe e lá no meio do cerrado. Lá é quase um mundo a parte. Mundo da sacanagem e da “formalidade”: “Vossa Excelência cale sua boca”, “Vossa Excelência pode ir para aquele lugar”, “Vossa Excelência é corrupta”. É assim que as “Vossas Excelências” discutem, tudo bem formalmente.

Enquanto isso, o pobre coitado do povo, vai sobrevivendo e ainda festejando a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Eventos estes, que eles não vão passar nem da porta. Quem não tem dinheiro para comprar um barraco melhor, jamais terá dinheiro para comprar um ingresso que deve custar o “olho da cara”. E o “olho da cara” do brasileiro já foi vendido, faz tempo...


São Judas Tadeu a missão é impossível mesmo!

Algo entre ser santa e pilantra



Outro dia li uma reportagem de uma moça muito famosa há alguns anos atrás que andou chorando por aí por causa de um motivo, digamos, curioso. Ela chorou pelo fato das pessoas que a cerca só lembrarem-se do “trabalho” dela na época em que ela era “do mundo”. A expressão “do mundo” cai como uma luva em quem se intitula como “sou uma pessoa de Jesus”. Quem é de Jesus não é do mundo. É de que planeta então? Marte? Crypton?

Continuando o assunto para não perder o fio da meada, quero expressar minha humilde e inútil opinião sobre essas moças que hoje são "frutas" e amanhã resolvem ser de Jesus. Se hoje são "frutas", são sexys (o que não é pecado nenhum ser), são gostosas (o que não é pecado nenhum ser também) por que diabos elas em um momento “santa” resolvem renegar seu passado e se dizem envergonhadas com isso? “Não! agora sou de Jesus, sou mãe de família, meu filho não pode saber que já mostrei meu “útero” por aí para ganhar a vida”. Elas renegam seu passado, mas não renegam o dinheiro que resultou dele. Têm vergonha de terem rebolado até o chão e na "boquinha da garrafa", mas não se privam de gastar nos shoppings da vida o dinheirinho “do mundo”.

Isso me irrita. Mas afinal quem sou eu para me dar ao luxo de irritar-me com esse tipo de coisa? Eu que procurei estudar, me matar nas filas esperando ônibus, trabalhar o dia todo para ganhar um salário mínimo, agüentar crises de mau humor do chefe, acordar sábado às 05h30min da manhã para fazer uma pós e ficar lá o dia todo sem ter a certeza de que isto me dará uma oportunidade boa na vida. Eu que procurei ler poesias e crônicas. Que procurei ter a minha religião desde quando nasci e não quando me convém... Enfim, quem sou eu para expressar minha desconhecida irritação?

Sou apenas mais uma mulher do mundo indignada com essas moças que ao invés de procurarem usar o dinheiro ganho para se reciclar, preferem fazer notícias de “sou Maria Madalena arrependida”.

Semana passada num sol de meio dia andando pelo Alcântara passei pela banca de jornal e li uma manchete que me fez rir muito: “Mulher maçã tem calcinha e sutiã roubados por um assaltante”. Claro que não precisa dizer que a foto da tal “mulher maçã” era como veio ao mundo (agora não sei em qual mundo ela está: se é o “mundo de Jesus” ou o “mundo do mundo”).

Aí eu pensei cá com meus botões: “Nossa... já estamos nessa fruta... Como será que o povo brasileiro se sente quando resolvem comer uma saladinha de fruta hoje em dia?”

Fico imaginando o que as mulheres de décadas atrás que queimaram sutiãs pensariam das nossas mulheres de hoje.