Cadê o sentimento que tava aqui?



Se tem algo que é bonito de ser ver é casal apaixonado de novela. O amor é lindo, encantador, de conto de fadas. O mocinho faz de tudo para salvar a mocinha e vice-versa. Na trama, qualquer problema que possa surgir, lá está o casal firme e forte unidos contra tudo e contra todos. A união não é nem abalada no beijo de bom dia (na história novelística do casal não existe mau hálito).

Incrivelmente nós, aqui do outro lado da telinha, suspiramos a cada beijo e a cada vitória do casal. Como é bom ficar imaginando que poderia ser um de nós o “galã corajoso” ou a “musa indefesa”.

Nesse parâmetro de “relação Global” vivemos uma incansável busca pela “alma gêmea”, “pela metade da laranja”, pela “tampa da panela”, pela “pedra que incomoda o sapato” ou sei lá mais o que. Procuramos, procuramos e procuramos. Não tem que ser qualquer um, tem que ser “A mulher”, “O cara”. Até porque “nos achamos” muito para nos apaixonar por um (a) qualquer.

E partindo desse princípio as relações estão cada vez mais rasas, descartáveis, instantâneas. Não dá para perder tempo com o nosso parceiro atual, “sempre vai ter um melhor dando sopa” e nessa premissa corremos o risco de procurar a vida toda, pelo príncipe ou princesa encantada, e acabarmos sozinhos.

Na minha humilde opinião não há homem ou mulher perfeitos. São perfeitos sim, no começo do relacionamento onde qualquer gesto errado é considerado lindo: “Ah, não ligo se ele palitar os dentes é até bonitinho”, “Ah não ligo de ela gastar muito, ela só faz isso para ficar linda para mim”, “Ah, não ligo se ele é flamenguista” e por aí vai...

Sabe acho triste quando um relacionamento acaba. Acho sim. E defendo, acima de tudo, o bem estar de cada um, de verdade. Mas também acredito que qualquer relacionamento tem altos e baixos (muitas vezes mais baixos). E eu disse qualquer relacionamento, ou seja, podemos até trocar de parceiro, mas sempre vai ter alguma chatice para aturar de ambos os lados. Sempre. Já ouvi por aí que “é fácil acreditar em Deus quando se tem tudo”, o que me faz lembrar que é muito fácil amar alguém quando esse alguém está por cima, quando faz seu coração balançar, quando as pernas tremem e quando você fica na ânsia de conquistá-lo. O difícil é a reconquista, é a construção diária, a compreensão e a demonstração de afeto contínuo (assim como era no começo).

Conquistar é fácil, difícil é manter a conquista e quando isso não acontece a culpa é sempre do outro. Nunca olhamos para nós mesmos e enxergamos nossos erros. Olhamos com os olhos acostumados para aquela pessoa que já foi, um dia, muito importante para nós. Sendo assim, acordamos um belo dia e decidimos que vamos partir para outra. "Já deu", "já era" e eu quero ser livre. Mas lembre-se que ser livre é um estado de espírito, não uma condição.

Tem gente que é “livre”, mas é aprisionado ao vício, ao seu egoísmo e por aí vai. Você não é um prisioneiro apenas porque possui uma relação estável com alguém, na verdade, ninguém aprisiona ninguém. É aquela velha história de não “prender quem amamos porque se são nossos sempre voltam”. Quem ama de verdade sente-se livre. Porque o amor não é uma prisão. O amor é vida. Assim como o ar que respiramos. Já experimentaram prender o ar nos pulmões? Então... É bem por aí a idéia.

Acredito que qualquer um tem o direito de optar pelo que for melhor para sua vida. Cada um é responsável pelo que planta. Se plantar amor vai colher amor e assim sucessivamente.

Só para relembrar, na trama das novelas, os mocinhos enfrentam todas as barreiras para ficarem juntos. E todos nós admiramos muito isso. O triste é que na realidade apenas valorizamos os dias que passamos nas “nuvens”. Na hora de descer a ladeira pulamos antes de chegar lá embaixo (sem ao menos tentar evitar a queda).

Em tempo: o Amor DE VERDADE, não requer exposição nenhuma. Ele é sentimento. E isso já basta...


É triste... E é verdade...



A lei está aí para ser cumprida. Lei é lei. Infelizmente a nossa lei está um pouco antiga, não? E infelizmente não há muito que fazer, pelo menos, para nós cidadãos que dependemos da boa vontade dos nossos “representantes”. E cá para nós, tenho a leve impressão que vai demorar. Não tenho bola de cristal, nem sou sensitiva. Mas as notícias diárias me fazem crer que a “nossa” lei foi feita para poucos, enquanto que a maioria fica a mercê do “diz me disse” e fica por isso mesmo.

Em muitos casos Brasil afora, vemos pessoas condenadas por engano, defensoria falha, advogados (há exceções) corruptíveis. Mas também, o que fazer se tudo nesse país está meio assim fora do normal?

A gente fica olhando o circo montado e temos a impressão que eles devem achar que nós brasileiros somos os “cornos mansos”, “mulher de malandro” entre outros. Na verdade, acho que me sinto meio “corna” desse país, que vive me traindo, se contradizendo e sempre me decepcionando.

Igual a mim tem aos montes em cada canto desse país, isoladamente ou em conjunto dão uma “xingadinha” quando assistem alguns “urubus” renunciarem da “carniça” e com a cara mais lavada do mundo, voltar quatro ou dez anos depois, que seja, mas sempre voltam.

Esse ano é ano de eleição. A urna não é lixeira, na verdade, use-a para tirar o lixo acumulado do Congresso. Já passou da hora, o cheiro já tomou conta e o fedor é insuportável.

Tenho a impressão de que a auto-estima do brasileiro tem a profundidade de um penhasco, lá em baixo. E às vezes tenho a impressão de que o Brasil não está à beira do penhasco, já deu um passo à frente faz tempo.


Reticências...



Meio sem inspiração para o blog. Esse mundo lindo e exigente “por demais” nos priva de algumas coisas e, uma delas, pelo menos para mim, é escrever. Sim escrever, sobre tudo ou nada. Sobre qualquer coisa que valha a pena. No entanto até escrever sobre “nada” está difícil.

O mundo gira, a vida muda e o nosso dia a dia transborda compromissos e afazeres inevitáveis porém importantes. Então o tempinho que me sobra tenho que estudar e, sabe como é, para quem não nasceu rico resta-nos algumas opções: Estudar, ganhar na mega-sena, entrar para o Big Brother Brasil, ir para a faculdade com um micro vestido e aparecer no Fantástico, etc. E como sou “cabeça dura” resolvi escolher a primeira opção. Não que estudar signifique o passaporte para o “high society”, mas...

Pelo menos poderá pagar minhas contas com mais tranqüilidade. E tranqüilidade é tudo o que mais queremos hoje em dia, não? Tranquilidade para ir e vir. Tranquilidade para passar em uma loja e comprar algo que se gosta. Tranquilidade para esbanjar de vez em quando. Tranquilidade para viver bem.

Tranquilidade = Estado do que é ou está tranqüilo. Serenidade. Sossego.

É isso. Sossego, serenidade, tranqüilidade. Palavras ótimas pós-carnaval! (risos, brincadeira)

Beijo a todos!

Eu, eu mesmo e o computador...




No século 21 o mundo virtual é bem mais “habitável” para a maioria dos jovens e adultos. Lá somos fortes, lindos, maquiados e “sarados”. Não temos medo, somos valentes, imbatíveis, sensuais e populares. Não temos mau hálito, mau humor, nem solidão. Temos mil amigos no Orkut, mais uns 100 no MSN, mais uns 300 no Facebook, mais de 30 mil no Twitter!

No mundo virtual podemos ser o que quisermos. Fotos sorridentes, cercados por mil amigos diferentes, regados a descrição de perfis de “sou perfeito”, “sou legal”, “sou amigo”. Nesse tal mundo virtual cada um é cada um e em geral somos admiráveis.

Só que não paramos para pensar que por trás da tela fria (ou quente) de um computador existe um ser humano que possui defeitos e enfrenta a solidão. Há alguém que não é tão maravilhoso assim, que não é tão perfeito e que não possui tantos fãs como no “mundo imaginário”.

No mundo real, existem problemas, existe o trabalho, o estudo e a nota baixa na prova. No mundo real o “super internauta” não consegue fazer amizades tão facilmente clicando no botãozinho de “aceitar”, ou seja, dificilmente aceitamos com um “click”, como no Orkut, o amigo pedindo sua amizade. No mundo real somos frágeis, egoístas, preconceituosos e humanos. Temos resfriados, preguiça, estamos fora de forma, a raiz do cabelo está para ser retocada, somos nós mesmos, portanto, imperfeitos.

Talvez seja por este motivo que cada vez mais o número de sites de relacionamentos invadem a internet com a explosão de indivíduos insatisfeitos com a sua vida real, claro com exceções. Viver o imaginário é mais fácil que abrir a porta do seu apartamento ou da sua casa e encarar o sol escaldante lá fora, as contas na caixa de correio, a prova tão temida e a solidão que bate na porta todos os dias para aqueles que acreditam que não precisam de ninguém.

Vamos fugir para o mundo virtual. Vamos nos sentir como “Alice no país das maravilhas” e nos abster da realidade. O governo “aí fora” não presta e aqui, no mundo virtual, as pessoas são mais legais e mais bonitas e cheirosas. Somos amigos, fazemos questão de ver um as fotos dos outros, comentar e agradecer. Aqui no mundo virtual, colocamos frases no MSN, conversamos superficialmente, podemos “bloquear” os que não queremos falar, ficamos “invisíveis” ou "Off lines" quando não queremos “falar” com ninguém. Aqui no mundo virtual nossas roupas são lindas, não mostramos nossa cara amassada e nossas lágrimas. Nossa felicidade é panfletada a todos que se “interessam” por ela enquanto que a nossa tristeza é escondida através de um simples gesto de “desligar o computador”. Aqui tudo é mais fácil.

Já aqui no mundo real a vida é mais dura. Os amigos não mandam recados diariamente, não conseguimos fazer amizades com mil amigos em um mês, temos defeitos e nossas roupas ficam velhas. Aqui é bem mais difícil disfarçar a nossa tristeza. Temos que encarar o mundo lá fora, o ônibus lotado, as notícias ruins dos Jornais, a indiferença humana, e aqui, caros amigos, não podemos “bloquear” ninguém. Aqui o “papo é reto”, o olho no olho tem prioridade. Ser sincero aqui é fundamental para quem quiser habitar esse mundo. Seu perfil do mundo real tem que ser realista, não dá para camuflar ou inventar quem você realmente é pois, aqui você é descoberto mais cedo ou mais tarde. Aqui a vida é eletrizante e, portanto mais emocionante. Aqui os sentimentos são reais: raiva, rancor, ódio, amor, paixão, solidariedade,felicidade, compaixão, etc. Não tem para onde fugir e o seu “botão de desligar” não está em suas mãos, mas sim em algo superior.

P.s. Faça sua análise, escolha seu “mundo” e siga em frente.