Ano novo; Vida nova!




Somos recarregáveis, temos prazo de doze meses. Após esse período, trocamos as pilhas - e novinhos em folha- estamos prontos para outras batalhas, outras alegrias, outras decepções, outras e outras!

Vamos passar a limpo, vamos reviver, perdoar, voltar atrás,  amar, acreditar, desacreditar, ter fé, fazer amigos, cultivar as velhas amizades, olhar nos olhos, olhar em volta, olhar para nós mesmos. Vamos nos sentir humanos – muitos já se esqueceram de como é – vamos gritar de alegria a cada vitória, vamos chorar a cada derrota, vamos ouvir, vamos falar, vamos nos informar, estudar, pensar coisas boas, dizer coisas boas, escrever, vamos viver a “vida nova”.

Porém, não esqueçamos nunca, de “recarregar” após os doze meses. É importantíssimo esse “joga fora”. Jogue tudo que te faça mal. Que te machuque. Não tenha medo. Faça a diferença na sua vida, peça ajuda para fazer desse novo ano e dessa “nova vida” algo que poderá se recordar como um doce sonho.

Que um dia, possamos olhar para trás e jamais nos arrependermos do que não fizemos!

Grande beijo. Muita luz e paz para todos nós! Amém!

Acordar



Uma das coisas que muito me incomoda nessa vida é a ignorância. Ser ignorante é ignorar. Ignorar tudo que está em sua volta. Desconhecer. Não querer saber.

A ignorância é muito lembrada quando queremos chamar alguém de grosseiro, mal educado. Sempre soltamos aquela bela frase: “seu ignorante”.

De alguns dias pra cá tenho sentido muita preguiça de pessoas preguiçosas. Pessoas que vivem no mundo da imaginação: “Imaginando como será minha vida quando eu resolver levantar e for à luta”.

Quem escreve aqui não é a dona da verdade, nem tão pouco alguém que já conseguiu tudo na vida. Não consegui. Tenho tentado até hoje. Fui por caminhos incorretos, pelos mais fáceis talvez, evitei os tortos, difíceis e talvez se fosse por esses estaria bem melhor hoje.

Mas... Estou aqui. Tentando. Ainda. Sem pestanejar. Andando de sol a sol. De choro a choro. De insegurança a insegurança. De medo a medo. De pressão a pressão. Entre casa, família e filha pequena – que cobra toda a atenção que você deve dar.

Mas e você?. Que coloca a culpa no governo. Na chuva. Na violência. Na falta de oportunidades.

O que você tem feito além de reclamar?

Desculpe-me a franqueza: Ninguém vai te dar o que você quer. Ninguém vai à luta por você. Basta um erro para estragar tudo. E basta não errar nunca para estragar também. É uma via de mão dupla. Entre erros e acertos. Entre idas e vindas.

Saia do seu casulo. Já saí do meu.

Boa sorte!


Mágico




Ganhei esse lindo selo acima da amiga Nana do “Blog da Nana”. E a pergunta em questão é: O que é mágico para mim?

Mágico é tudo que me faz bem, mesmo na simplicidade. Acredito que para sermos felizes não importa onde estamos e o que somos. Ser feliz é ter na essência a satisfação de estar vivo.


Mágico para mim são a minha família, os almoços aos domingos, a visita na casa dos irmãos. Mágico são meus sobrinhos, minha pequena Júlia, são meus amigos, a minha vocação.


Mágico é ler um bom livro, é aprender, estudar, ver um bom filme, um bom papo. É ter um grande amor à vida toda.


No geral, mágico é ser feliz. Na medida do possível e na essência do significado desta palavra.





P.s. Quando ganhei este “Selo” foi me dada a difícil tarefa de escolher dez blogs. Mas como adoro todos os que sigo e me identifico muito com eles, deixo para todos que se sentirem à vontade salvar o “selo” e dizer o que é mágico para vocês e posteriormente indicar dez blogs.


O que é mágico para vocês?

O amor acabou...




Ninguém ama mais ninguém. Respeito é bom, mas ninguém se respeita. Amar virou sinônimo de “ficar”. Hoje fico com você, amanhã nem sei se quero...
E a vida segue sem ninguém puxar a responsabilidade para si. Todo mundo quer ser amado, porém ninguém quer dar o seu amor.

E alguém sabe se ainda tem amor para dar? Fica a dúvida, ninguém sabe...

Crise de Sinceridade



 Nunca fale alto comigo. Não minta para mim. Não diga que é algo que nunca foi. Não finja ser meu amigo. Não diga que me ama sem me amar. Não sorria para mim sem ao menos sentir vontade. Não me inveje. Não ultrapasse meus limites. Não se sinta à vontade ao falar mal dos outros. Não ache que você consegue me enganar. Cuidado ao falar mal de mim para os meus amigos – com certeza eles me defenderão.


Se desejas minha amizade: Deseje de verdade. Minha alma não se engana quando o assunto é coração, é perdão, é amor. Na estrada dessa vida quero crises de sinceridades diárias. Abundância de amizades demonstradas. Quero amor, sorrisos, aperto de mão. Quero alma lavada todos os dias.


Quero silêncio bom. Quero vida. Quero paz. 

Para refletir: "É tão natural destruir o que não se pode possuir, negar o que não se compreende, insultar o que se inveja"

Escreva




Há poetas que dizem que escrever é a exposição total da alma. Eu iria mais longe: Escrever pode ser uma sobrevida diária. Sobrevida sim, por que não? Em tempos onde o absurdo é normal, a sobrevivência diária transformou-se em sobrevida.
A escrita transforma-se em música, em poesia, em livros. Há aqueles que não se sentem a vontade com as palavras – sejam elas escritas ou faladas – porém não há um ser na face da terra que ignore palavras cantadas, ou seja, uma bela música bem escrita.
Daí a grande importância de valorizar a arte de escrever. De valorizar aquelas “palavras cantadas” na sua sobrevida diária (em algum ônibus lotado, por exemplo). Seria quase que um sopro de vida, uma abundância de oxigênio em um cérebro cansado.
Escrever para alguns é um ato leviano. Para outros é um ato de bondade. Para muitos a arte de escrever é um desabafo. Aquele “sapo” engolido no trabalho, aquele “fora” de ontem ou de anos. Todos escrevem, porém poucos expõem sua alma ou dão a “cara à tapa”. Muitos engolem o choro, engolem o “sapo”, engolem a opinião, engolem a mágoa, engolem as palavras, engolem a escrita.
Sendo assim, suas histórias deterioram-se. As traças chegam e devoram suas idéias, suas verdades...
Você quer ser aquele livro velho guardado na sua estante?
Escreva!

Amor que não se pede...

O amor é o sentimento primordial do ser humano. A ele, é dada toda a responsabilidade de ser feliz. É como se fosse um termômetro de felicidade. Se você está amando alguém, está feliz. Se não está, precisa urgentemente “amar” para estar dentro dos “padrões”.

Mas o fato é de que o amor é bem mais do que simplesmente “amar”. As aspas são inevitáveis, “amar” com aspas é diferente de um amar sem elas. As aspas envolvem todo um processo de dúvida. As aspas colocam em evidência os “amores” de hoje. Sim porque amor é amor e “amor” é outra coisa. Hoje o amor banalizou. Hoje “ama-se”, amanhã odeia-se, joga-se fora (literalmente).

A verdade é que amor de verdade, não se pede. Nasce, aflora, acontece. Falo de amores em geral.

Não tem como mendigar o amor de ninguém, implorar tão pouco, pedir então... Se desse certo, os mendigos das ruas estariam cheios de carinhos e atenção de todos. As crianças dos orfanatos estariam felizes com o amor paterno. Não dá para a criança ligar para o pai e dizer: Pai me dá amor porque eu preciso” ou “Mãe, você tem como me amar?”. Não dá, entende?

Amor é algo que não se pede até porque, quem não tem para dar ou quem não quer dar, não vai te dar. É simples. Quem é seco de amor, não dá amor. Não tem como a mulher ligar para o ex-marido ou namorado e dizer: “Você pode me amar de novo, pode voltar o amor que tinha por mim?” ou “Não durmo há dias me ame agora, AGORA!”. Não dá. Desista. Você pode fazer mil loucuras, mas quem não te “ama” mais tem a remota chance de voltar...

É aí que entra a questão do livre arbítrio. Não adianta, quando o “amor” do outro acaba, você fica sozinho com o seu amor dentro do peito. Mas não vai dá-lo a quem pedir e sim para aquele que você quiser dar. Lembrando: Amor não se pede.

O amor é infinito, mesmo que por um momento ele possa transparecer ter fim. O amor não acaba aqui ou ali. Ele fica dentro de quem o sente de verdade, mesmo que o outro vá embora. E ir embora engloba milhares de opções, não somente o “ir embora” tradicional. E para esses que ficam, o amor que já foi sentido, nunca se repetirá. Foi único. Exclusivo.

O melhor de tudo isso é a capacidade de transformação que o amor possui. Ele se transforma. Renova-se. E isso é uma ótima notícia para quem “ficou” com o amor acumulado dentro do peito.

Quem ama de verdade, não ama em vão. Quem ama de verdade se transforma junto com o seu amor. Quem ama de verdade está a frente dos que ainda se preocupam em pedir o amor. Um sentimento que não se pede. Apenas doa-se. Simples assim.

Viva Cazuza





Há exatamente 20 anos eu entrava no mercado perto aqui de casa. Blusa branca, bermudinha vermelha e estava de mãos dadas com a minha mãe. O rádio do mercado tocava alguma música de MPB. De repente, a música é interrompida e uma voz muito bonita dá uma notícia que muitos temiam: “Morre nesta tarde o cantor Cazuza”. Eu tinha treze anos e lembro-me como se fosse hoje. Ficou marcado, não somente para mim, mas também para muitos brasileiros que admiravam o seu trabalho.

Cazuza não era exemplo para ninguém. Não era o bom moço. Rebelde sem causa, filho de pai rico e exagerado. Mas havia algo nele que era indiscutível: o seu trabalho, suas letras, suas músicas, seu talento.

A primeira vez que ouvi Cazuza tinha uns oito anos. A música Exagerado estava estourada em todas as rádios e lembro-me muito bem do meu radinho de pilha em cima da cama tocando sem parar. Tive a sorte de assistir Cazuza em programas de televisão, entrevistas, folhear revistas com matérias sobre ele.

Até o anúncio da doença, Cazuza colecionou hits, e depois da mesma, conseguiu escrever como ninguém, a inspiração não o abandonou. Poucos conseguiriam escrever no auge de um drama: “Senhoras e senhores trago boas novas, eu vi a cara da morte e ela estava viva!” ou “Vida louca vida, vida breve, já que eu não posso te levar, quero que você me leve!” e por aí vai.

Talento não se discute. Obra prima tão pouco.

Cazuza foi polêmico. Foi gênio. Foi exagerado. Foi Cazuza.

E pensar que algumas letras de anos atrás são tão atuais:

“Transformam um país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro"

“Ideologia eu quero uma pra viver”


“Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder”

“Brasil mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim”


Uma singela homenagem ao insubstituível. Viva Cazuza!


Preguiça




Sabe quando você está meio “assim assim, assado”? Ou quando você não sabe se está "assado" ou "assim"? Pois é. Às vezes isso acontece, não sei se nas melhores ou piores famílias, mas... acontece. Mulheres são assim. Nunca sabem quando estão meio "assim" ou meio "assado". Ainda mais quando estão em TPM.

Encontro-me em TPM, irritada, sonolenta, irritada, faminta, meio amarga e irritada de novo. O amargo de uma mulher com TPM é mais amargo que o amargo normal. Poderia ser um amargo mais para o doce (se é que existe), mas além de nós sofrermos com nossas inseguranças, a TPM vem com o amargo mais amargo do mundo.

Como se não bastasse esse amargo de TPM, hoje estou meio "assim assim"... Talvez por ainda não ter feito o gol no jogo da minha vida. Nem que seja aquele gol “sem querer querendo” que os jogadores juram que foi milimetricamente calculado. As bolas têm batido na trave. Várias vezes, e quando acho que irei gritar gol, ficar rouca, me descabelar de alegria: A trave está ali, impedindo o gol.

Hoje eu li a seguinte frase: “Com vinte você quer experimentar tudo, com trinta você quer construir tudo. Não vejo a hora de fazer quarenta e querer só viver mesmo. Preguiça...”.

A palavra do dia é essa: Preguiça. Preguiça de ver injustiças. Preguiça de ver a bola bater na trave. Preguiça de esperar o gol. Preguiça de esperar. Preguiça de tudo que me cansa.

Talvez seja hoje, só por hoje, a palavra preguiça tenha tanta importância. Talvez por estar meio assim assim, meio TPM, meio anormal. Amanhã a palavra do dia pode ser: Avante, levante, estude, brinque, viva.

Mas por hoje, minha palavra é preguiça e tudo o mais que ela possa representar para alguém. Apenas hoje. Só por hoje.


p.s. A frase é de Tati Bernardi (www.tatibernardi.com.br)




Pessoas



Há pessoas que vivem. Outras apenas existem: Paradas, acomodadas, amarradas. Há pessoas que discordam, outras concordam e outras não têm o que dizer... Vivem aceitando tudo que vem...


Há pessoas que transformam a vida num eterno dilúvio. Outras que vivem no mais pleno deserto: não choram nem com uma topada na quina da parede.


Vamos encontrar o equilíbrio?


Há pessoas que levam tudo ao pé da letra. Outras dizem que o bom da vida é ser feliz.


E por que não são?

A Elite nossa de cada dia...




Quando passo na banca de jornal e vejo revistas de fofocas e de gente “famosa”, sinto calafrios. Sinto um "revertério" no estômago quando leio notícias de “fulano e seu cachorrinho poodle tiram fotos no jardim” ou “o último namorado da fulana de tal”.

Infelizmente são notícias que vendem. Que rendem uma boa grana. Não! não sou revoltada, não invejo o glamour dos outros. Mas como toda “ocupante” da classe C do país – a dos pobres – fico revoltada.

A elite, no alto da sua torre, bem lá longe na sua cobertura de luxo, não sabe o que o pobre coitado do brasileiro passa. 

Os sorrisos das capas de revistas –e dentro delas- denunciam suas alienações quanto ao “pão que o diabo amassou” que é cotidiano na vida do menos favorecido.

Não! Não sou adepta à política do “hobbin rood”. Porém sou a favor de uma distribuição de renda justa. Com condições de moradia, de cultura, de estudo. Já dizia o poeta: “a gente não quer só comida, quer comida, diversão e arte”

Queremos sim, queremos ser enxergados, queremos ser valorizados.

É claro que tem muita gente boa nesse meio, muitos artistas engajados, muitos jornalistas que honram o diploma. Mas quando se passeia pelo “twitter” de alguns, pelo “blog” de outros, o que mais se vê é uma GRANDE BRIGA DE EGOS. Um querendo aparecer mais que o outro e por aí vai...

Hoje estava pesquisando sobre movimentos sociais e achei uma matéria muito absurda. Já havia ouvido falar neste assunto, mas não tinha tido o desprazer de ler. A matéria, em uma coluna de um jornal muito conceituado de São Paulo, foi escrita por uma pessoa muito “culta” e conhecida na sua função. Jornalista renomada que vomita seu preconceito social e seu elitismo escrachado, não mede conseqüências ao debochar do pobre coitado do brasileiro, aliás, ouvi dizer que a tal pessoa critica tudo quanto é “povo”, enfim, apenas um exemplo do que a “alta sociedade é capaz”, logo abaixo no link.

A matéria é intitulada como “Cultura de bacilos (bactéria)” e tem na sua primeira frase o seguinte: Se usamos verbas públicas para ensinar hip-hop, rap e funk, por que não incluir na lista axé ou dança da garrafa?

Quem quiser ler a matéria e as respostas, a esse desastre jornalístico: clique aqui.

Não sou adepta ao funk, não sou fã de hip-hop ou rap (mas escuto MV Bill) e tão pouco critico quem os faz. Não estamos falando aqui de ritmo musical, estamos falando de Movimentos Sociais. E movimento social é tudo a que o brasileiro desesperado se apega. É no movimento social que muitos saem do crime, abandonam seus pensamentos fúteis ou simplesmente sentem-se mais felizes. O povo brasileiro precisa de muito mais. Já disse isso e todo mundo já sabe. 

Agora criticar o governo porque foram doados 60 mil dólares para o Movimento social do hip-hop (que faz um trabalho belíssimo, procure saber) é o ápice do preconceito social. Parece-me que a ascensão da classe pobre incomoda a elite, assim como foi na ditadura, assim como foi em todos os nossos "500 anos".

Engraçado que ninguém criticou a doação de mais de um milhão de reais dada ao Caetano Veloso (músico magnífico), mas que – cá pra nós- não tem condições de arcar com a sua turnê? Ou porque ninguém criticou a doação de setecentos mil reais dada à cantora Malu Magalhães para que propague sua turnê? Diga-se de passagem, que a cantora tem um contrato com a Sony, uma das maiores gravadores contemporâneas. Enfim, não entendo. Não entendo porque o pobre sempre causa polêmica, sempre se ferra, sempre causa asco, náuseas ou sei lá mais o quê na elite.

Quero seres humanos melhores. Quero dias melhores. Quero meu espaço. Assim como milhões de brasileiros. Chega!

P.S. Vale à pena clicar no link acima e ler todas as respostas dadas a essa “jornalista”. E esse post não foi uma defesa musical, mas sim, uma defesa ao povo brasileiro, pessoas que deveriam ser mais lembradas.

Muita Paz e Luz para todos!

Chove chuva




Acreditar na vida... Apesar de tudo. Ter a esperança de que existe um amanhã. Mesmo que distante...

Não é fácil falar nessas horas. Pior ainda é viver nesse caos, sem ao menos saber se, dessa vez, será a última...


Meus sentimentos às vítimas das enchentes do estado do Rio de Janeiro, principalmente as crianças. Elas não mereciam, aliás, ninguém!


Muita Paz e Luz para todos!



Cadê o sentimento que tava aqui?



Se tem algo que é bonito de ser ver é casal apaixonado de novela. O amor é lindo, encantador, de conto de fadas. O mocinho faz de tudo para salvar a mocinha e vice-versa. Na trama, qualquer problema que possa surgir, lá está o casal firme e forte unidos contra tudo e contra todos. A união não é nem abalada no beijo de bom dia (na história novelística do casal não existe mau hálito).

Incrivelmente nós, aqui do outro lado da telinha, suspiramos a cada beijo e a cada vitória do casal. Como é bom ficar imaginando que poderia ser um de nós o “galã corajoso” ou a “musa indefesa”.

Nesse parâmetro de “relação Global” vivemos uma incansável busca pela “alma gêmea”, “pela metade da laranja”, pela “tampa da panela”, pela “pedra que incomoda o sapato” ou sei lá mais o que. Procuramos, procuramos e procuramos. Não tem que ser qualquer um, tem que ser “A mulher”, “O cara”. Até porque “nos achamos” muito para nos apaixonar por um (a) qualquer.

E partindo desse princípio as relações estão cada vez mais rasas, descartáveis, instantâneas. Não dá para perder tempo com o nosso parceiro atual, “sempre vai ter um melhor dando sopa” e nessa premissa corremos o risco de procurar a vida toda, pelo príncipe ou princesa encantada, e acabarmos sozinhos.

Na minha humilde opinião não há homem ou mulher perfeitos. São perfeitos sim, no começo do relacionamento onde qualquer gesto errado é considerado lindo: “Ah, não ligo se ele palitar os dentes é até bonitinho”, “Ah não ligo de ela gastar muito, ela só faz isso para ficar linda para mim”, “Ah, não ligo se ele é flamenguista” e por aí vai...

Sabe acho triste quando um relacionamento acaba. Acho sim. E defendo, acima de tudo, o bem estar de cada um, de verdade. Mas também acredito que qualquer relacionamento tem altos e baixos (muitas vezes mais baixos). E eu disse qualquer relacionamento, ou seja, podemos até trocar de parceiro, mas sempre vai ter alguma chatice para aturar de ambos os lados. Sempre. Já ouvi por aí que “é fácil acreditar em Deus quando se tem tudo”, o que me faz lembrar que é muito fácil amar alguém quando esse alguém está por cima, quando faz seu coração balançar, quando as pernas tremem e quando você fica na ânsia de conquistá-lo. O difícil é a reconquista, é a construção diária, a compreensão e a demonstração de afeto contínuo (assim como era no começo).

Conquistar é fácil, difícil é manter a conquista e quando isso não acontece a culpa é sempre do outro. Nunca olhamos para nós mesmos e enxergamos nossos erros. Olhamos com os olhos acostumados para aquela pessoa que já foi, um dia, muito importante para nós. Sendo assim, acordamos um belo dia e decidimos que vamos partir para outra. "Já deu", "já era" e eu quero ser livre. Mas lembre-se que ser livre é um estado de espírito, não uma condição.

Tem gente que é “livre”, mas é aprisionado ao vício, ao seu egoísmo e por aí vai. Você não é um prisioneiro apenas porque possui uma relação estável com alguém, na verdade, ninguém aprisiona ninguém. É aquela velha história de não “prender quem amamos porque se são nossos sempre voltam”. Quem ama de verdade sente-se livre. Porque o amor não é uma prisão. O amor é vida. Assim como o ar que respiramos. Já experimentaram prender o ar nos pulmões? Então... É bem por aí a idéia.

Acredito que qualquer um tem o direito de optar pelo que for melhor para sua vida. Cada um é responsável pelo que planta. Se plantar amor vai colher amor e assim sucessivamente.

Só para relembrar, na trama das novelas, os mocinhos enfrentam todas as barreiras para ficarem juntos. E todos nós admiramos muito isso. O triste é que na realidade apenas valorizamos os dias que passamos nas “nuvens”. Na hora de descer a ladeira pulamos antes de chegar lá embaixo (sem ao menos tentar evitar a queda).

Em tempo: o Amor DE VERDADE, não requer exposição nenhuma. Ele é sentimento. E isso já basta...


É triste... E é verdade...



A lei está aí para ser cumprida. Lei é lei. Infelizmente a nossa lei está um pouco antiga, não? E infelizmente não há muito que fazer, pelo menos, para nós cidadãos que dependemos da boa vontade dos nossos “representantes”. E cá para nós, tenho a leve impressão que vai demorar. Não tenho bola de cristal, nem sou sensitiva. Mas as notícias diárias me fazem crer que a “nossa” lei foi feita para poucos, enquanto que a maioria fica a mercê do “diz me disse” e fica por isso mesmo.

Em muitos casos Brasil afora, vemos pessoas condenadas por engano, defensoria falha, advogados (há exceções) corruptíveis. Mas também, o que fazer se tudo nesse país está meio assim fora do normal?

A gente fica olhando o circo montado e temos a impressão que eles devem achar que nós brasileiros somos os “cornos mansos”, “mulher de malandro” entre outros. Na verdade, acho que me sinto meio “corna” desse país, que vive me traindo, se contradizendo e sempre me decepcionando.

Igual a mim tem aos montes em cada canto desse país, isoladamente ou em conjunto dão uma “xingadinha” quando assistem alguns “urubus” renunciarem da “carniça” e com a cara mais lavada do mundo, voltar quatro ou dez anos depois, que seja, mas sempre voltam.

Esse ano é ano de eleição. A urna não é lixeira, na verdade, use-a para tirar o lixo acumulado do Congresso. Já passou da hora, o cheiro já tomou conta e o fedor é insuportável.

Tenho a impressão de que a auto-estima do brasileiro tem a profundidade de um penhasco, lá em baixo. E às vezes tenho a impressão de que o Brasil não está à beira do penhasco, já deu um passo à frente faz tempo.


Reticências...



Meio sem inspiração para o blog. Esse mundo lindo e exigente “por demais” nos priva de algumas coisas e, uma delas, pelo menos para mim, é escrever. Sim escrever, sobre tudo ou nada. Sobre qualquer coisa que valha a pena. No entanto até escrever sobre “nada” está difícil.

O mundo gira, a vida muda e o nosso dia a dia transborda compromissos e afazeres inevitáveis porém importantes. Então o tempinho que me sobra tenho que estudar e, sabe como é, para quem não nasceu rico resta-nos algumas opções: Estudar, ganhar na mega-sena, entrar para o Big Brother Brasil, ir para a faculdade com um micro vestido e aparecer no Fantástico, etc. E como sou “cabeça dura” resolvi escolher a primeira opção. Não que estudar signifique o passaporte para o “high society”, mas...

Pelo menos poderá pagar minhas contas com mais tranqüilidade. E tranqüilidade é tudo o que mais queremos hoje em dia, não? Tranquilidade para ir e vir. Tranquilidade para passar em uma loja e comprar algo que se gosta. Tranquilidade para esbanjar de vez em quando. Tranquilidade para viver bem.

Tranquilidade = Estado do que é ou está tranqüilo. Serenidade. Sossego.

É isso. Sossego, serenidade, tranqüilidade. Palavras ótimas pós-carnaval! (risos, brincadeira)

Beijo a todos!

Eu, eu mesmo e o computador...




No século 21 o mundo virtual é bem mais “habitável” para a maioria dos jovens e adultos. Lá somos fortes, lindos, maquiados e “sarados”. Não temos medo, somos valentes, imbatíveis, sensuais e populares. Não temos mau hálito, mau humor, nem solidão. Temos mil amigos no Orkut, mais uns 100 no MSN, mais uns 300 no Facebook, mais de 30 mil no Twitter!

No mundo virtual podemos ser o que quisermos. Fotos sorridentes, cercados por mil amigos diferentes, regados a descrição de perfis de “sou perfeito”, “sou legal”, “sou amigo”. Nesse tal mundo virtual cada um é cada um e em geral somos admiráveis.

Só que não paramos para pensar que por trás da tela fria (ou quente) de um computador existe um ser humano que possui defeitos e enfrenta a solidão. Há alguém que não é tão maravilhoso assim, que não é tão perfeito e que não possui tantos fãs como no “mundo imaginário”.

No mundo real, existem problemas, existe o trabalho, o estudo e a nota baixa na prova. No mundo real o “super internauta” não consegue fazer amizades tão facilmente clicando no botãozinho de “aceitar”, ou seja, dificilmente aceitamos com um “click”, como no Orkut, o amigo pedindo sua amizade. No mundo real somos frágeis, egoístas, preconceituosos e humanos. Temos resfriados, preguiça, estamos fora de forma, a raiz do cabelo está para ser retocada, somos nós mesmos, portanto, imperfeitos.

Talvez seja por este motivo que cada vez mais o número de sites de relacionamentos invadem a internet com a explosão de indivíduos insatisfeitos com a sua vida real, claro com exceções. Viver o imaginário é mais fácil que abrir a porta do seu apartamento ou da sua casa e encarar o sol escaldante lá fora, as contas na caixa de correio, a prova tão temida e a solidão que bate na porta todos os dias para aqueles que acreditam que não precisam de ninguém.

Vamos fugir para o mundo virtual. Vamos nos sentir como “Alice no país das maravilhas” e nos abster da realidade. O governo “aí fora” não presta e aqui, no mundo virtual, as pessoas são mais legais e mais bonitas e cheirosas. Somos amigos, fazemos questão de ver um as fotos dos outros, comentar e agradecer. Aqui no mundo virtual, colocamos frases no MSN, conversamos superficialmente, podemos “bloquear” os que não queremos falar, ficamos “invisíveis” ou "Off lines" quando não queremos “falar” com ninguém. Aqui no mundo virtual nossas roupas são lindas, não mostramos nossa cara amassada e nossas lágrimas. Nossa felicidade é panfletada a todos que se “interessam” por ela enquanto que a nossa tristeza é escondida através de um simples gesto de “desligar o computador”. Aqui tudo é mais fácil.

Já aqui no mundo real a vida é mais dura. Os amigos não mandam recados diariamente, não conseguimos fazer amizades com mil amigos em um mês, temos defeitos e nossas roupas ficam velhas. Aqui é bem mais difícil disfarçar a nossa tristeza. Temos que encarar o mundo lá fora, o ônibus lotado, as notícias ruins dos Jornais, a indiferença humana, e aqui, caros amigos, não podemos “bloquear” ninguém. Aqui o “papo é reto”, o olho no olho tem prioridade. Ser sincero aqui é fundamental para quem quiser habitar esse mundo. Seu perfil do mundo real tem que ser realista, não dá para camuflar ou inventar quem você realmente é pois, aqui você é descoberto mais cedo ou mais tarde. Aqui a vida é eletrizante e, portanto mais emocionante. Aqui os sentimentos são reais: raiva, rancor, ódio, amor, paixão, solidariedade,felicidade, compaixão, etc. Não tem para onde fugir e o seu “botão de desligar” não está em suas mãos, mas sim em algo superior.

P.s. Faça sua análise, escolha seu “mundo” e siga em frente.

Amigo de fé, quem é?




Em uma dessas cenas de novela eu vi uma mãe dizer para a filha esta frase: “Só serei feliz se você for”. Imediatamente pensei o mesmo com relação a minha pequena. Qual mãe em sã consciência não pensaria desta maneira? É impossível ser feliz vendo o sofrimento de um filho. Fato.

Neste mundo competitivo, que outra pessoa, salvo nossos pais, diria uma frase dessas para a gente? Complicado, né? Eu e minhas divagações de vez em quando... Perdoem meus amigos, mas hoje em dia, é difícil encontrar alguém tão puro de coração que possa ficar feliz com as nossas vitórias. Sempre sobra aquela invejinha, despeito e rancor.

O otimismo impera na minha pessoa, mas nesses casos de gratidão, “amigos para o que der e vier” eu fico muito com o pé atrás, infelizmente. Se a pergunta é: Você já se decepcionou com amizades? A resposta é: Sim, muitas vezes e sinto em dizer que isso é contínuo. Não que me considere a melhor pessoa do mundo, mas uma coisa eu tenho certeza do que sou e bato no peito: Sou sincera. Sou amiga dos meus amigos e torço por cada um a minha maneira.

Tenho poucos e grandes amigos. Tenho amigos que eu sei que torcem por mim e eu igualmente.

Então eu pergunto para vocês: Até que ponto você ficaria feliz com a vitória de um amigo seu? Até que ponto você perderia o sono com o problema de cada um? Você tem amigos de verdade? E quantos?

Eu já fiz as minhas contas...Façam as suas!

Ser Humano




Ser humano é ser imperfeito. Não há padrão de beleza ou de vida. Aceitar seus medos, suas imperfeições é o primeiro passo para se humanizar. Estamos aqui com o propósito de viver a vida da melhor maneira possível. Sim, estamos. E é a partir deste princípio que, nós humanos, precisamos nos desligar dos estereótipos que nós mesmos criamos.

Reconhecer nossos erros, nossas frustrações, ilusões, agonias e entender que isso faz parte da vida nos fazem sentir humanos. Somos humanos, somos errantes, pensantes, somos gente.

Seja você mesmo. Assim como aceitamos os dias de sol ou de chuva. Se está frio ou calor. Se é dia ou noite. Então se aceite como você é.

Não somos super heróis. A partir do momento que enxergarmos nossa vida como a NOSSA VIDA, nunca mais precisaremos provar nada para ninguém.

"Tristeza no dos outros é refresco..."



Sinto-me como alguém que ficou em coma durante 20 anos e não sabe onde está e em que mundo está vivendo.

Então eu grito: “Parem o mundo eu quero descer...”

Não sei mais o que acontece. Não sei mais se é melhor chover ou se é melhor derreter ao calor escaldante no verão.

As notícias me atemorizam, tantos as corriqueiras referentes a um assaltante de galinhas até as catástrofes como a recente no Haiti. Mas o que mais me deixa “aliviada” por ora, é o fato de que nada mais absurdo poderia acontecer. Nada mais pode chocar-me aos ouvidos ou aos olhos ou aos dois juntos. Em tempos em que jornalista ri do povo descaradamente na televisão, em tempos em que o dinheiro público é guardado na meia, em tempos que a palavra panetone nunca foi tão comercializada e ridicularizada em pleno Natal. Nada mais me chocaria. Nada.

Com esse sentimento de que nada mais poderia acontecer neste mês, ao menos, deparo-me com um vídeo onde a teoria de “toda desgraça para pobre é pouca” se ratifica.

Assistam ao vídeo clicando no link abaixo para entender melhor a minha indignação.


Para quem ficou com preguiça de assistir ao vídeo ou não teve tempo, eu explico:

Em entrevista ao Jornal do SBT, o Cônsul Haitiano George Samuel Antoine, não percebendo que a câmera estava ligada, num papo “descontraído” vomita a seguinte declaração sobre os acontecimentos no país onde ele é o represente de seus compatriotas [!]:

“Desgraça de lá está sendo uma boa pra gente aqui ficar conhecido. Acho que de tanto mexer com macumba, não sei o que é aquilo. O Africano em si, tem maldição, todo lugar que tem africano tá f*...”

Analisando ao vídeo tenho algumas indagações:

1-É pegadinha, a pessoa que me mandou esse vídeo sabe que situações como esta deixam-me IRADA

2-Esse senhor não é um Cônsul Haitiano e sim, alguém que após ter ingerido substância ilícita por demais, invadiu aos estúdios de TV e fez tais declarações infames.

3-Ele é Cônsul sim, falou aquilo sim e nós todos aqui é que somos o tal “povo amaldiçoado” (já que africano é um povo amaldiçoado, o que somos nós brasileiros descendentes de tal raça?)

Na minha humilde opinião e até onde eu saiba, para se conseguir um cargo de Cônsul é necessário amplo conhecimento do seu país e acima de tudo ter amplo conhecimento intelectual. Não sei se o Sr. George Samuel Antoine passou direto na matéria de História ou se leu algum livro de Antropologia, o que me parece a primeiros olhos é: Ele não é ignorante. É pior, ele é pré-conceituoso.

Dizer que o povo africano tem maldição é igual dizer que “favelado” é culpado da violência no Rio, ou que índio é preguiçoso porque fugiu da escravidão, ou que daqui a pouco vai tremer tudo aqui no Brasil já que está cheio de descendente africano por aqui, o bastante para colocar muito prédio de luxo abaixo (mas não vem ao caso).


O Haiti é um dos países mais pobres do mundo, condenado a viver muito tempo sob a “desgraça” da ambição do homem europeu nos séculos XVII e XVIII, vive hoje com 80% da sua população abaixo da linha de pobreza. Sendo o primeiro país da América a conquistar sua independência, não sabia que o pior ainda estaria por vir:Massacrado pelas guerras civis, misérias, doenças, furacões e agora mais recente, terremoto. Se antes a água potável era luxo, tenho calafrios de pensar em como a situação está agora após esta tragédia. Nada foi acrescentado ao Haiti e tudo foi tirado. Uma região que já deu muitos lucros para os seus colonizadores, hoje possui uma economia destroçada e em ruínas. Como em tantos outros que sofreram nas mãos dos imperialistas europeus destinados a tirar tudo das suas colônias sem a mínima pena e com a máxima crueldade.(A foto ao lado é o Haiti antes do terremoto, imaginem agora?)

Quanto ao povo africano. COITADO. Amaldiçoados foram os que tiraram à força mais de quatro milhões de negros de suas cidades para obrigá-los a trabalhar forçadamente em um regime desumano de escravidão e descaso pela sua causa. Considerado sem alma pela sua cor, os negros, eram vendidos como mercadoria barata ou cara nas praças de negociantes de “alma limpa” e “abençoados por Deus” por serem brancos.

Analisando a afirmação “onde tem africano tem desgraça”, o que posso falar é: O continente mais pobre e mais arrasado do mundo é o Africano, estraçalhado pelas políticas imperialistas e desmembrado na época da escravidão, é hoje, o “pobre coitado mundial” que depende de recursos dos poderosos “piedosos” que se “sensibilizam” com a sua causa. Dos trinta países mais pobres do mundo, 21 são africanos. Eis aqui alguns que vivem na mais cotidiana desgraça: Somália, Serra Leoa, Etiópia, Ruanda, Costa do Marfim, entre outros. Cada um com a sua própria história de exploração e degradação social.

O que fica nessa minha enorme reflexão (nunca escrevi tanto) é: O mundo do jeito que está, cada vez mais nos mostra que o homem não honrou o seu compromisso de “amar ao próximo como a si mesmo”.

Cada vez mais somos sugados pela nossa ignorância, ambição, indiferença, crueldade, preconceito, acomodação e tantas outras “qualidades”.

Desde que o mundo é mundo os mais fortes e poderosos arruínam e dominam os mais fracos. Claro que na história mundial há muitos que deram a vida por uma sociedade mais justa e mais humana, com mobilidade social e menos opressiva. E muita das vezes, quando fico nas minhas leituras sobre essa gente, fico imaginando que, se fosse possível encontrar um deles eu perguntaria: “Vocês fariam tudo de novo?” ou “Valeu à pena?”.



P.s. Em sua defesa, o Sr. George Samuel Antoine, diz que foi mal interpretado e que por não saber falar bem o português trocou as palavras. Diga-se de passagem, que o Cônsul mora no Brasil desde 1975. Além de um bom livro de História e Antropologia, ele deveria comprar o novo dicionário da Língua Portuguesa (mas acho que o português dele iria piorar com essas novas regras de tira “hífen”, tira “trema”... enfim)

Socorro São Judas Tadeu!!!!!!!

Aqui vos escreve Juliana Dias ainda com esperança. Afinal, tentar parar o mundo e descer só o Silvio Brito tentou, e isso foi lá nos anos 70...

Simples assim...



Já dizia Mario Quintana que a FELICIDADE é um sentimento simples e que talvez por não perceber a sua simplicidade nós corremos o risco de deixá-la ir embora. É verdade, a felicidade não tem um caminho certo, não vem com códigos, bula ou manual.

A felicidade é simples. Tão simples que, muitas das vezes, ela está ao nosso lado e não a percebemos.

Costumo dizer quem tem muita gente cega por aí. Tão cega que costuma tropeçar na sua felicidade quase todos os dias e não se dá conta. Está tão acostumada com tudo que conquistou que não percebe o quanto é importante manter. Conquistar é estimulante, é desafiante, ir atrás mesmo, sentir-se realizado por ir à luta. Manter o que foi conquistado é que complica. Ninguém mantém. Ninguém olha e diz: “Sou feliz com o que tenho”.
Já falei aqui que quero meu lugar ao sol e que estou em busca de muitas conquistas. Sim, é verdade. Mas é verdade também, que me permito olhar para o que tenho e sentir-me privilegiada e agradecer por tudo.

Então:

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que não pode andar?

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que perdeu alguém que ama?

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que não consegue engravidar?

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que não tem emprego?

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que está longe dos parentes?

Pergunte o que seria a FELICIDADE para alguém que está só?

E por aí vai. Situações simples para alguns, porém como um sopro de VIDA e FELICIDADE para outros.

Agradeça por andar, por ter um amor, por ter filhos, por ter um emprego, por ter família, por não sentir solidão e por tantas outras FELICIDADES SIMPLES que cercam sua vida.

E a vida segue...



Tenho sido muito repetitiva quando falo de sofrimento, dor e de gente humilde que luta pelo seu lugar ao sol. É muito difícil ser esclarecida nessas horas. Queria ser ignorante e fechar os olhos para tudo que vejo. Mas é impossível.

Ver pessoas sofrendo e não sentir nada é como admitir que o meu coração apenas bate. A necessidade de ser humano em algumas horas é da nossa própria essência. Pelo menos da minha.

Eu sempre tive quase tudo o que quis. E minha filha caminha para o mesmo. Claro, meus pais nunca compraram o desnecessário para mim. E se compraram me demonstraram que aquele brinquedo ou aquela roupa custou dinheiro e o suor do trabalho de cada um.

Neste sentido, admiro quem vai à luta pelos seus objetivos. Ganha o pão de cada dia e faz um agrado aos que amam. Mas não admiro quem tem muito e nada oferece. Quem fica na sua redoma de vidro, fingindo que nada está acontecendo e assim segue a sua vida indiferente e [mais que isso] contaminando os que o cerca com a sua indiferença.

É muito fácil dizer que algumas pessoas são demagogas, que apenas falam. Mas se falar muito o incomoda, aqui faço a minha pergunta: O que você fez até o dia de hoje para diminuir o sofrimento alheio? Nem que seja uma dor de cabeça do próximo? Se a resposta for negativa, você precisa rever seus conceitos.

E digo mais, se não abrirmos os olhos, nosso futuro pode ser pior. Pobre nunca teve vez na história mundial. O negro foi massacrado até quando pode ser feito. E muita gente fica abrindo a boca bem grande para vomitar besteiras, dizendo que o pobre no Brasil só quer saber de “esmolas” do governo e que negro é bandido.

Quem lava o teu chão? Quem recolhe o teu lixo? Quem te serve no restaurante? Quem dirige o teu carro? Quem dirige o teu ônibus?

É o pobre negro que limpam a "passarela" para você poder passar!

É muito fácil dizer que não tem preconceito. Que pobre merece mais que um salário mínimo. O difícil é dizer bom dia ao teu porteiro quando você sai do seu prédio de luxo . Difícil é guardar o seu lixo na bolsa, ajudando os garis que vem atrás limpando sua sujeira.

Difícil é engolir alguém tão culto, branco e de olhos azuis e do mais alto calão jornalístico esnobar (e vomitar seu preconceito de classe) ao pobre coitado do trabalhador que, apesar da merda de salário e de varrer o lixo de gente porca na rua, ainda tem ânimo para desejar feliz ano novo. Boris Casoy você sim é uma ver-go-nha!

"Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência" (Essa frase é de um pesquisador que viveu na função de gari por 8 anos em função da sua tese de Mestrado.O psicólogo Fernando Braga sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. ‘Professores que me abraçavam nos corredores da USP, passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão’, diz.)

Se a vida não está colaborando...



Vamos encontrar mil razões para que tudo possa acabar bem. Não estamos aqui para conformar-nos com a sorte dada. Vamos esperar por dias melhores, lutar por tudo que sabemos que merecemos.

Todos nós possuímos a capacidade de optar pelo conformismo ou seguir como donos dos nossos sonhos. A escolha é nossa, de mais ninguém.

Vamos nos desacostumar dos dias normais. Vamos ser normais. Mas não vamos nos estagnar na rentidão do marasmo. Vamos em busca de manhãs cheias, de relógios dando a hora repentina. Vamos em busca do nosso “ganha pão”. Se não formos, quem irá?

Dias normais são sempre normais. Vamos buscar dias extraordinários. Desiguais em seus desafios. Chega de solidão e mesmice.

Nós queremos exceções.

Queremos dinheiro, não esmolas.

Queremos cultura, não futilidades.

Queremos comida, mas queremos comprá-la.

Queremos emprego, não exploração.

Queremos nossos direitos, não favores.

Queremos tudo que merecemos. Nada mais que isso.

Queremos dignidade. E já passou da hora...

A dor



A dor é inigualável. À medida que toma conta do ser humano vem para nos mostrar e nos fazer refletir o quanto somos frágeis.

A dor, em questão, não é a dor física, mas sim, a dor da alma. Somente aqueles que sentiram sabem descrever a sensação do que é perder sonhos, perder amigos, perder parentes, perder um amor.

Os meus mais sinceros sentimentos às vítimas das enchentes e deslizamentos por esse Brasil afora, em especial, Angra dos Reis.

“Mesmo com tanta ilusão perdida
quebrada
Mesmo com tanto caco de sonho
até hoje
a gente se corta”

(Alex Polari)