Escreva




Há poetas que dizem que escrever é a exposição total da alma. Eu iria mais longe: Escrever pode ser uma sobrevida diária. Sobrevida sim, por que não? Em tempos onde o absurdo é normal, a sobrevivência diária transformou-se em sobrevida.
A escrita transforma-se em música, em poesia, em livros. Há aqueles que não se sentem a vontade com as palavras – sejam elas escritas ou faladas – porém não há um ser na face da terra que ignore palavras cantadas, ou seja, uma bela música bem escrita.
Daí a grande importância de valorizar a arte de escrever. De valorizar aquelas “palavras cantadas” na sua sobrevida diária (em algum ônibus lotado, por exemplo). Seria quase que um sopro de vida, uma abundância de oxigênio em um cérebro cansado.
Escrever para alguns é um ato leviano. Para outros é um ato de bondade. Para muitos a arte de escrever é um desabafo. Aquele “sapo” engolido no trabalho, aquele “fora” de ontem ou de anos. Todos escrevem, porém poucos expõem sua alma ou dão a “cara à tapa”. Muitos engolem o choro, engolem o “sapo”, engolem a opinião, engolem a mágoa, engolem as palavras, engolem a escrita.
Sendo assim, suas histórias deterioram-se. As traças chegam e devoram suas idéias, suas verdades...
Você quer ser aquele livro velho guardado na sua estante?
Escreva!