Despedidas



Desde criança sempre odiei despedidas. Nunca consegui dizer “adeus” para ninguém. Nunca. Eu tenho pavor de ver alguém que amo indo embora. Também nunca cogitei a idéia de deixar alguém para trás. Odeio despedidas. Odeio aquele acelerado quem vem lá do fundo do coração. Odeio a sensação de impotência de saber que você pode chorar rios de lágrimas, mas a pessoa que você ama tem que ficar ou ir.

Viver não é para os fracos. Tem que ser muito forte para suportar a dor da ausência de alguém. A dor de ter que ir – sem olhar para trás – sem saber quando verá aquela pessoa novamente. Acredito que a ausência das pessoas que amamos nos fortalece nessa vida. Qualquer outra dor é mera dor comparada àquela dor da hora em que você queria estar dentro de um abraço de alguém: seja mãe, pai, amigos, da sua avó, de um amor (qualquer pessoa IMPORTANTE). Repito: Não há dor maior do que a dor daquela hora silenciosa em que nos perguntamos o porquê de estarmos tão longe das pessoas que amamos.

Odeio despedidas.