Acabei de tirar minhas fotos pessoais do blog. Acabei de vê-las por aí pela net como se fossem figurinhas fáceis de achar. Disponíveis para qualquer um pegar e fazer delas o que quiser. E não vejo somente as fotos por aí, vejo frases minhas, trechos dos meus textos sem ao menos citarem a fonte. Sim, tudo bem, talvez não seja a próxima a entrar para a Academia Brasileira de Letras, mas todas as coisas que escrevo por aqui são minhas, exclusivamente minha e das pessoas que se propõem a ler, a comentar, a reler e copiar, que seja, desde que citem a fonte.
Sabe, eu fico pensando que o pior de ser fake pela net, é ser fake na vida. Esse é o pior. Ser fake – ou falso, que seja – é o fim do poço para aquele que não está contente com a sua vida e vai viver a vida dos outros ou uma vida imaginária. Ninguém é perfeito, nós todos temos defeitos, somos feios, bonitos, ricos, pobres, burros, inteligentes, gordos, sarados, os mais mais do top 10 e por aí vai. E cabe a nós, mudar. Mudar para pior, melhor, muito melhor, que seja, mas cabe mudar.
A palavra mudança dói, amedronta, dá frio na espinha – dá frio em mim também – mas não há outra chance de buscar a felicidade do que mudar o que te incomoda. É difícil – eu sei o quanto é -, mas o primeiro passo é ficar na frente do espelho e se olhar, não superficialmente, mas para dentro da alma, olhar nos olhos e ver, realmente, o que te incomoda, o que te causa aquela ruga, aquela lágrima, aquela dor no estômago, aquela abstinência de coisa boa toda vez que você vai dormir e não consegue. Esse é o primeiro passo, o mais difícil.
Não adianta fugir, por mais que você continue com essa vidinha de fantasia, vai sempre chegar uma hora que a ficha vai cair – geralmente a gente cai antes das fichas, sabia? – e aí você vai fazer o que? Vai procurar outra vida para copiar? Outra vida para cuidar? Outra vida para fazer intriga? Outra vida para invejar? Já repararam quanto trabalho isso dá?
Quando é que você vai se enxergar – de verdade – e perceber que a sua vida é bem melhor de cuidar do que a dos outros?
Boa sorte, após o primeiro passo, o caminho é sem volta – e acredito que para melhor.