GENTE


Desde quando me entendi por gente. Fui perceber o quanto é difícil ser alguém. Ser gente de verdade. Sem máscaras, sem rótulos. Sem roupa de super herói... Gente de verdade não tem super poderes. Gente de verdade tem sentimentos: Seja pobre ou rico.

Gente verdadeira independe de classe social, raça, religião...

Outro dia ouvi uma frase que merece um destaque: “Nós é que levamos este país nas costas”

Toda essa gente. Gente que não apenas respira. Gente que não tem vergonha de ser GENTE, por mais que ser gente seja algo, muita das vezes, impossível.

Gente:

Que sofre

Que ri

Que chora

Que implora por uma “mão na roda” para fazer esse mundo girar...

Dentro de mim



Aqui dentro tem de tudo. Se eu fosse montar um “brechó” de sentimentos muitos destes sairiam velhos e cansados. Quem se habilita a comprá-los? Aceito ofertas, aceito negociações, aceito leilão. Quem comprar terá que ser uma pessoa de boa vontade que cuidará dos sentimentos cansados a mantê-los vivos.

O sentimento mais cansado que eu tenho é a paciência. Velha de guerra. Minha companheira de anos. Muitos anos. Esta precisa de uma reciclagem boa. Não agüenta mais ver as loucuras da vida e contar até 10. Até 100 talvez.

Outro sentimento que merece atenção é a insegurança. Essa me acompanha desde a infância. Acho que já vem quando nós mulheres nascemos. Já sabem que é mulher então vai lá: “-Leva a insegurança de brinde”. Acredito que a cada 100 mulheres no mundo, 99 são inseguras. Preciso de segurança e seguir em frente.

O sentimento que mais me incomoda é a crença. Creio em tudo. Tudo que me dizem, tudo que vejo ou em tudo que me fazem sentir. E já me ferrei muito por causa desse sentimento traiçoeiro. Acreditar em tudo que se vê ou te falam te dá muita dor de cabeça e decepção. Seja na amizade ou no amor.

Agora tem um sentimento que me acompanha desde sempre (este não vendo e nem troco). Desde sempre me surpreendo com o que ele pode me oferecer. O AMOR. Velhinho, velhinho de guerra, o amor está em mim desde quando me entendo por gente. O amor que existe em mim tem 32 anos de idade. O amor que existe em mim só aumenta quando o transmito de verdade. O amor que há em mim deu-me uma filha. Deu-me amigos. Deu-me uma família. Deu-me a vontade de viver quando, às vezes, tudo parece estar perdido.

É preciso Viver


Preciso viver muito ainda para entender que o significado da vida é simplesmente viver. Viver mesmo quando tudo estiver uma merda. Você está sem dinheiro. Sem emprego. Sem opções.

Preciso viver muito ainda para perceber que além de estar tudo assim meio virado do avesso eu sou alguém que só quer viver bem consigo e com o mundo. Viver mesmo, para olhar nos olhos e dizer que estou feliz, apesar de... Apesar das dificuldades.

Preciso viver muito ainda para almejar desvirar do avesso enquanto é tempo, enquanto é vento e vento bom. Olhar além, olhar aquém, olhar lá... Lá onde meus sonhos estão.

Preciso viver muito ainda para sentir. Sentir o que ainda não senti. Sentir o que já senti, pelo avesso, virado, desvirado, rodado, imaginado.

Viver é uma arte.

A vida desvirada, amarrada, complicada, desvalorizada, amada, suada, inventada, realizada, escrita.

A vida.

É

ISSO!


"Bora” viver?

O tempo ensina. Não cura.



Têm muitas coisas na nossa vida, muitas experiências que temos que aprender na pancada, na marra, porque geralmente não ouvimos a nossa consciência, conselhos de pessoas queridas e insistimos em coisas que realmente não eram para ter tanta prioridade na nossa vida. É uma decepção quando percebemos que erramos, que fomos trouxas, que fomos marionetes pelo egoísmo alheio. Mas é isso, a vida é assim. Perdemos ali, ganhamos aqui e quando menos percebemos a vida se recicla.O tempo não pára (já dizia o poeta).

Andei pensando em muitas coisas antigas e recentes que me fizeram perceber o quanto a vida é irônica e nos faz entender o que já deveríamos aprender faz tempo: Ninguém vai querer o melhor para você a não ser você mesmo (salvo seus pais, alguns, porque tem pais por aí que vamos combinar).

Pois é, quando fazemos um balanço das nossas vidas – isso geralmente acontece no final do ano – sempre pensamos muito no que deu errado, talvez seja para nunca mais cometermos os mesmos erros e é desta reflexão que eu cheguei à seguinte conclusão: O tempo ensina, mas não cura.

Já estamos calejados em certas situações, já aprendemos tudo o que não podemos, não devemos ou não merecemos fazer. Mas as feridas estão lá, cada uma em cada lugarzinho dentro da gente. O tempo ensinou, mas não curou. Talvez seja para nunca esquecermos onde dói e não arrumarmos outra ferida para a alma.

Já sabemos onde dói, como dói e que certas feridas da alma não curam. Então por que ainda insistimos em transferir as nossas feridas para a alma do outro?


IRA


A ira de segundos parece interminável... Experimente contar até dez quando estiver IRADO! Depois experimente contar até dez quando estiver em alguma situação agradável...

Rápido e rasteiro.

Um flash!

O que podemos tirar desta conclusão é: Conte até dez mesmo, quando estiver com a ira dentro de você, mesmo que pareça interminável. Deixe-a passar, dez segundos de ira esbravejada equivalem a muito tempo de mágoa e dependendo da ira, muito tempo sem alguém quem poderia ser realmente importante para você. Pense nisso!

Contar até dez quando algo estiver agradável, tiramos a seguinte conclusão: o que é bom dura pouco, pouquíssimo até. Logo, aproveite ao máximo as maravilhas que a sua vida pode oferecer. Aproveite!

Os arrogantes




Arrogante é tudo que eu não sou e tão pouco quero ser. Tem gente que tem orgulho de ser arrogante, soberbo, nariz em pé. Tem aqueles que se acham a última bolacha do pacote, criticam tudo e todos e só enxergam o erro dos outros (erro não sei, esse tipo de gente acha que sabe o que é certo e o que é errado), se sentem absolutamente capazes de julgar quem quer que seja apontando o dedo na cara da vítima sem dor nem piedade. E para piorar todo o diagnóstico dado, repetem diversas vezes, como um lema, a seguinte frase: “todos tem que me aceitar como sou, sou assim e pronto”.

Como que alguém em sã consciência quer ser aceito pelos outros se nem ao menos aceita as adversidades que o cerca? A arrogância está tão entranhada dentro de si que não enxerga mais nada além do seu próprio umbigo. Pessoas desse tipo acham que nunca erram, nunca são feias, nunca estão fora dos padrões estéticos, nunca são ignoradas, que são inteligentes e "são as mais mais do top 10".

Sustentam-se na ilusão de serem perfeitos. Mas... quando descobrem que não são, que erraram, que “pisaram fora da faixa” e que não possuem a vida perfeita que imaginavam: DESMORONAM. E vocês acham que eles aprendem com isso? Não! Eles pegam o primeiro idiota que estava ao seu lado, que dizia ser seu amigo e colocam toda a culpa na pobre criatura. "A culpa foi do outro, que me influenciou, que me fez errar, quem me fez não ser perfeito!" E sendo assim, após a sessão descarrego de culpas em outrem, seguem felizes com as suas vidinhas medíocres, “perfeitas” e cor de rosa.

Até claro, errarem de novo e encontrarem outro otário pela frente.

Esconderijo


Há dias que você deseja somente o seu esconderijo. Passar-se despercebida, olhos baixos, sem encarar ou ser encarada. Se esconder não é fugir. Esconder-se é guardar-se dos males que nos rodeiam. Até os ursos hibernam, voltam fortes e descansados. Então vou me esconder, vou me guardar. Atrás do meu MP4, do silêncio do meu quarto, dentro de um livro, na imensidão de um filme romântico. Vou me esconder nas minhas leituras, nos meus afazeres pessoais, na minha rotina diária. Vou viajar nos meus pensamentos, nas minhas teorias de vida, decidir para onde vou. Vou me mostrar, vou levantar os olhos, vou encarar: a vida, o amor, a decepção. Vou atrás do que ainda não tenho, do que ainda não conquistei. Quando sentir vazio de novo, vou me esconder, vou hibernar. Vou me curar, vou me cuidar.



Tem muitas coisas que gostaria de dizer. Porém, tenho muito medo de ser mal interpretada. Cada um é cada um. A opinião, assim como o gosto, é própria, única, exclusiva. Às vezes é necessário calar-se. É melhor o silêncio voluntário do que o silêncio forçado (deste quero distância). Então, espero a hora certa de falar, contestar, desabrochar... Às vezes o barulho ensurdecedor da ira e de palavras severas recheadas de ressentimentos nos levam para o lugar obscuro da mágoa. A mágoa é onde o coração não quer estar. O coração deseja apenas bater acelerado. Assim, acelerando a vida, acelerando os sonhos, podemos nos sentir vivos de verdade. E estar vivo de verdade não é tão simples como se diz por aí.



Sou movida a tudo que me toca. Sou movida a tudo que sonho, a tudo que amo. Sou movida pela esperança de um dia me dar por satisfeita. Sei que esse dia não chegará, sou uma desassossegada! Enquanto estiver aqui, neste mundo, nesta vida, vou amar até o fim, viver até o meu limite, chorar de amor, de dor, de alívio e de felicidade. O que ainda vou conquistar só depende de mim e da minha fé. Sigo em frente, olho para trás, apenas para refrescar a memória de tudo que me machucou, de tudo que não deu certo, de tudo que bateu e voltou. Vou dizer o que preciso, nada guardarei, vou desabafar, vou me aliviar, esvaziar o coração para enchê-lo de novo (somente do que for bom). Sendo assim, tento chegar perto da compreensão e da tolerância de que tanto necessito.