A morte do amor





Todo amor morre. Sinto em ser portadora dessa triste e inoportuna notícia, mas todo amor morre. Amores bonitos, impulsivos, cúmplices, rotineiros, juvenis, maduros, impossíveis, platônicos, correspondidos: todos eles morrem. Não importa se são bonitos e sinceros: todos morrerão. De forma súbita ou lenta. Mas a maioria morre mesmo é de “morte matada”.

O amor morre na ignorância e estupidez dos seres humanos. Morre na constante busca pela “massagem no ego”, pela satisfação pessoal em querer e ter sempre alguém diferente. O amor morre quando nos traímos: ao que sentimos, ao que queremos, ao que prometemos. Na verdade o amor morre quando a gente trai a nossa essência. Pior do que trair a confiança do outro é trair a nós mesmos. O amor morre nas palavras não ditas. Nas palavras ditas em excesso. Nos exageros de vaidade. Na ausência, e morre na presença de quem nunca está.

O amor vai morrer e todas as lágrimas secarão. Não há porque escorrer lágrimas de saudades ou ansiedade para o que não existe mais. Não há como sentir falta do que nunca existiu. A saudade, assim como todos os sentimentos que vem juntos com o amor, é viva e lateja por aquilo que respira. Não há como correr sangue pelas veias por algo que morreu. Por um cadáver de sentimento.

Todos os amores morrem e vão para o céu dos sentimentos ou para um lugar bem escondido dentro da nossa alma. A alma guarda e suporta para quem sabe um dia - esse amor - volte a nos fazer acreditar que de alguma forma, a próxima vez será eterna.


3 Responses
  1. She Says:

    Amei o texto Ju! E é a mais pura verdade... ;)
    Beijo, beijo!
    She


  2. Anônimo Says:

    "Um amor só morre para quem não crer na ressurreição". _Bisquirt

    muito lindo o seu texto ou que seja poesia.

    a minha vida...


  3. ... Says:

    Mais um belo texto. Como de costume. Vamos atualizar isso aqui hein