A sua mão






Em uma tarde de chuva você me deu a mão. A sua mão. A sua tão esperada mão. Algo tão simples, mas tão sublime para quem sabe o que isso representa: O dar as mãos. O se doar as mãos. O segurar das mãos.




Você me deu a mão e eu não precisei de mais nada. Mais nada além da sua mão na minha. Sentindo a chuva. E a inevitável hora de ir embora. Mas nada mais importava porque eu desfilei ao seu lado de mãos dadas. Entrelaçadas. Enroladas. Nossas mãos.

No final de tudo. Por trás de todos esses amores moderninhos, e descolados, e espalhafatosos, e desnecessários... No final de tudo, eu só queria andar de mãos dadas. Sentir-me acolhida. Importante. Um cuidado que nem todos têm. Que nem todos são. Que nem todos irão experimentar na sua essência.

Você me deu a mão. E eu ri. Por fora. Por dentro. Eu ri pelos olhos. Olhei todas aquelas pessoas na contramão e desejei que elas também tivessem alguém – como você – para segurar as suas mãos do jeito que você segurou a minha.

Você me deu a mão, e isso foi amor.



1 Response
  1. Aryana Says:

    Vale dizer q eu chorei lendo esse texto? Vc tem uma sensibilidade incrível!