Imperfeita



Sou totalmente desligada em alguns momentos e estressada em outros. Durmo tarde, acordo cedo, odeio cozinhar para mim mesma, tenho mania de dieta, leio mais de um livro ao mesmo tempo, assisto desde às comédias românticas aos documentários do history channel, ouço músicas clássicas à rock and roll.


Tem dias em que acordo e nem olho no espelho. Em outros, uso maquiagem e nem saio de casa! Tem dias que acordo “Amélia”, cismo que a casa está desarrumada e coloco a "mão na massa". Às vezes fico o dia na cama assistindo filmes “chororô”.


Digo sempre que não tenho roupa para sair, que meu cabelo está horrível, que preciso emagrecer uns três quilos. Sou insegura, indecisa, emocional, medrosa, romântica. Sou simples – mesmo que digam ao contrário – sou sim! Tenho uma grande facilidade em fazer amigos. Tenho amigos de infância, amigos há mais de 15 anos e amigos de pouco mais de três meses. Ouço música alta, gosto de programas sobre música, uso tênis, salto alto e óculos escuros.


Amo crianças, andar de bicicleta, de papo furado, de ver o pôr do sol, caminhar na praia e jogar vôlei. Gosto de ler, de escrever, estudar. Sinto-me importante quando concluo uma meta pessoal. Sofro de ansiedade, sofro por antecipação. Tenho crises de risos e também choro do nada.


Fico incomodada quando vejo água desperdiçada, quando vejo notícias de tempestades e por saber que a causa disso é a falta de comprometimento do homem. Me irrita a falta de interesse nesses assuntos. Amo a primavera e o verão. Outono e inverno são estações que não me encantam.


Gosto de cinema, teatro e seriados. Leio jornal, assisto aos jornais e programas de esportes. Assisto aos jogos de futebol, leio sobre futebol e tenho um time: BOTAFOGO. Sempre sei a escalação do meu time, se trocou de técnico, se o craque se machucou e quando foi impedimento. Sei que o juiz não é um homem estranho no campo. E uso a camisa do meu time sempre que me der vontade.


Odeio futilidade, preconceito e hipocrisia. Sou vaidosa, mal interpretada por muitos de convencida e “patricinha”. Tudo o que me dizem - seja algo de bom ou de ruim - eu tento escutar. Já mudei de idéia muitas vezes.


Já mudei de profissão. Já saí de um emprego estável e uma ótima remuneração para assumir um papel: ser mãe – e não me arrependi. Sou incansável, sou insaciável, curiosa. Tenho crises de sinceridade (nunca peça a minha opinião se realmente não estiver pronto para ouvi-la).


Palavras duras me machucam, grosseria me irrita. Não gosto de quem fala alto e acha que todos têm que baixar a cabeça, mesmo que esteja certo (há sempre uma maneira educada de dizer algo para alguém).


Não gosto de arrogância. Gosto do meu nome, não digo a minha idade e tenho amigos (as) dez anos mais jovens. Gosto de me sentir mãezona, porém adoro ser a filhinha quando preciso. Sou uma criança às vezes e uma mulher quando quero. Gosto de descobrir, e não tenho medo de levar não.


Não sou perfeita e sei muito bem disso! E estou em eterna mudança: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
2 Responses
  1. Fabi Mello Says:

    Lindaaaaaaaaaaaaaaa!


  2. Este foi dos teus posts mais pessoais, mais "sinceros para dentro", mais introspectivos. também já fiz uma opção dessas na vida e por isso sei bem o quanto me custou assumi-la...

    Mulher com M grande.

    Rolando